• Festival Vermelhos retorna em julho com concertos e música popular

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  • 09/06/2022 08:10
    Por João Luiz Sampaio, especial para o Estadão / Estadão

    Localizado em Ilhabela, em meio à Mata Atlântica, com vista para o mar, o palco do Teatro de Vermelhos passou a pandemia em silêncio. Mas retorna à vida em julho, com a sexta edição do festival que reúne música clássica, música popular brasileira, jazz e dança – e quer alçar voos mais altos, com uma temporada anual de concertos e um novo programa de residências artísticas.

    A programação será realizada entre os dias 8 e 30 de julho. Entre as atrações estão Edu Lobo, Arnaldo Antunes, João Bosco, Nelson Ayres, Luedji Luna, Monica Salmaso, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança e um grupo de pianistas brasileiros que vai prestar uma homenagem a Nelson Freire, morto no ano passado.

    “Nossa última atividade foi nos concertos de ano-novo, em dezembro de 2019. O objetivo era retomar os trabalhos no início de 2022, mas acabamos segurando a volta por conta da chegada da variante Ômicron”, explica o advogado Samuel Mac Dowell de Figueiredo, diretor do festival.

    Foi dele que surgiu, em 2010, a ideia de construir um complexo cultural em Ilhabela, que desde então ganhou três palcos. O Anfiteatro da Floresta, construído em meio à mata, adaptando-se à topografia do local; o Teatro de Vermelhos, com cobertura, mas sem paredes, o que mantém o contato do público com a natureza e a visão do mar; e a Sala do Porão, espaço mais intimista, para recitais.

    “A música clássica é a base da nossa programação, mas buscamos também o diálogo com outras áreas. Para nós, faz todo o sentido propor essa relação entre campos a princípio tão diferentes”, explica.

    IDEIAS

    Figueiredo conta que, enquanto o palco permanecia vazio durante a pandemia, os períodos de maior abertura permitiram o avanço de ideias antigas. Uma delas foi a construção de 22 apartamentos para abrigar o projeto de residências artísticas.

    “Do ponto de vista da estrutura, foi um ganho enorme: agora é possível acomodar artistas que vão se apresentar e também avançar na ideia das residências artísticas. Acreditamos que é possível também investir na criação”, explica.

    O período serviu, ainda, para que saísse do papel outro plano antigo – o de ampliar a programação para todo o ano. “O festival é um grande atrativo, mas queríamos ir além. E isso agora vai acontecer. A partir de agosto, teremos concertos e recitais de câmara mensais. E, na Sala do Porão, uma série de música popular quinzenal. No grande teatro, também vamos receber em agosto a presença do Ney Matogrosso”, conta Figueiredo.

    O plano seguinte, à espera de verbas para ser colocado em prática: a criação de um programa de educação musical na região. “A ideia seria selecionar alunos da rede básica de ensino e com eles criar grupos de cordas, metais, de percussão, corais. Grupos que seriam independentes, mas também se uniriam, mais adiante, em uma orquestra sinfônica local. Nossa ambição é grande, mas projetos como esse exigem um investimento maior e o estabelecimento de parcerias.”

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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