Conselho de secretarias municipais de saúde aponta ausência de até 134 medicamentos injetáveis em cidades do Estado
A falta de medicamentos injetáveis enfrentada por cidades de todo o país já afeta também Petrópolis. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, existe o desabastecimento de alguns medicamentos, entre eles, a Dipirona ampola. A crise afeta diversas cidades do Estado, de acordo com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio de Janeiro (COSEMS-RJ), com a ausência de até 134 medicamentos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o desabastecimento “de alguns medicamentos” foi provocado pelos fabricantes, que alegam a escassez do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para produção.
As unidades de saúde da rede municipal estão fazendo a substituição desses medicamentos para garantir o atendimento à população, entre eles, a Dipirona ampola. A Prefeitura não informou quais são os demais medicamentos que estão em falta na rede SUS em Petrópolis.
No Estado do Rio, são pelo menos 134 itens em falta, o Conselho destaca o micofenolato, que previne rejeição em transplante de órgãos; a alfaepoetina, que combate anemia; e o ribavirina, empregado contra a hepatite C.
O risco da falta de medicamentos injetáveis começou a ser discutido em janeiro deste ano, segundo o COSEMS/RJ, e mais recentemente, foi a vez das farmácias do setor privado denunciarem faltas como antibióticos, medicamentos usados, por exemplo, para tratar pneumonia, otite e amigdalite.
Em ofício enviado ao CONASEMS (Conselho Nacional de secretarias municipais), foram denunciadas fragilidades do mercado de medicamentos já descritas por diversas vezes, encontradas principalmente na compra de medicamentos como Dipirona Sódica 500mg/mL, Neostigmina, Ocitocina, Aminoglicosídeos (Amiicacina e Gentamicina), Imonuglobulina Humana e mais recentemente, soro fisiológico, todos na forma de injetáveis, que impactam diretamente na efetividade e segurança de tratamentos consagrados, cujo desabastecimento pode representar um sério risco à vida.