22/05/2022 17:46
A queda brusca da temperatura ocorrida nesta semana pode afetar pessoas com artrose e problemas relacionados às articulações do joelho e quadril. Em Petrópolis nos últimos dias as temperaturas estiveram entre 5°C 9° C, a mínima e a máxima, entre 16° e 18ºC. Especialmente em idosos e pacientes que já sofrem com dores nos joelhos e quadris, a baixa temperatura já gera impacto nos movimentos.
O ortopedista e médico cooperado da Unimed Petrópolis, Douglas Mello Pavão explica que isso ocorre devido as nossas terminações nervosas, responsáveis por transmitir os impulsos de dor ao cérebro que ficam mais sensíveis em baixas temperaturas.
“Além disso o frio gera contração dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação e também gera contração dos músculos, deixando-os mais tensos e mais sensíveis, além de nos deixar com menos mobilidade. O líquido que lubrifica a articulação também fica menos fluído ou viscoso, prejudicando a lubrificação articular.”, explica.
O inverno promete ser rigoroso este ano e por conta disso, Dr. Douglas Mello Pavão recomenda que a melhor forma de diminuir as dores é se exercitar.
“A atividade física eleva a temperatura corporal, melhorando a lubrificação e mobilidade do sistema musculoesquelético. Manter a atividade física regular no inverno é muito importante. Usar roupas térmicas sob as roupas pode ajudar a manter a temperatura corporal menos suscetível às variações da temperatura do ambiente. Compressas mornas também podem trazer um alívio temporário.”, orienta o ortopedista.
Artrose é mais comum em mulheres
A artrose se caracteriza pela degeneração da cartilagem, que é o tecido que reveste os ossos em nossas articulações, conhecidas popularmente como “juntas”. Os principais sintomas são dor, inchaço e perda de mobilidade na articulação acometida. Graus mais avançados também podem cursar com deformidades.
O ortopedista e médico cooperado da Unimed Petrópolis, Douglas Mello Pavão explica que há dois tipos de artrose, a primária e a secundária.
“A primária, ocorre com o envelhecimento. Está relacionada ao desgaste natural da articulação. Mais comum em idosos, três vezes mais comum em mulheres do que em homens. Já a secundária, depende da causa de base. Pode ocorrer em doenças reumatológicas por exemplo, por uma desordem do sistema imunológico que inflama as articulações. Esta ocorre em pessoas mais jovens, entre 30 e 40 anos, sendo também mais comum em mulheres. Também podem ser secundárias a traumas e a doenças metabólicas e genéticas.”, disse.
A adoção de hábitos saudáveis é a melhor forma de prevenção
Existem várias opções de tratamento para artrose, dependendo do grau de evolução da doença. Dr. Douglas Mello Pavão avalia que a perda de peso e o fortalecimento muscular são as medidas mais eficazes para se prevenir e tratar a artrose.
“Existem medicamentos que estimulam a construção e inibem a degradação da cartilagem. Algumas de uso oral e outras injetadas diretamente na articulação doente. Como última opção de tratamento vem a cirurgia, com uma gama enorme de opções: osteotomias para melhorar o alinhamento; transplante de cartilagem; até a substituição articular por próteses metálicas.”, informa o ortopedista.
“Outra medida importante é evitar a obesidade, por dois motivos. Primeiro por evitar a sobrecarga mecânica pelo sobrepeso. Segundo, pois a obesidade provoca um estado pró-inflamatório no indivíduo, que facilita o desenvolvimento da artrose em pacientes predispostos.”, finaliza.