• Corpo de Bombeiros lista ruas em que mais acontecem acidentes de trânsito em Petrópolis

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  • 27/12/2017 16:30

    Um levantamento do 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros identificou que em sete pontos – Estrada União e Indústria, Avenida Barão do Rio Branco e nas ruas Mosela, Coronel Veiga, Bingen, General Rondon e Washington Luiz – estão concentrados quase 25% das notificações de acidentes de trânsito da cidade este ano. Nestes locais, considerados de alto risco pelos bombeiros, foram registrados de janeiro a outubro, 211 colisões, quedas de moto e atropelamentos. No mesmo período, foram 894 vítimas de acidentes de trânsito atendidas no setor de traumatologia do Hospital Santa Teresa (HST).

    Desses sete locais, a Estrada União e Indústria é o ponto onde há maior registro de acidentes. De janeiro a outubro, o Corpo de Bombeiros atendeu 53 vítimas neste trecho. Em segundo lugar vem a Rua Bingen, com 39 atendimentos seguido pela Avenida Barão do Branco, onde foram atendidos 37 vítimas. A quarta via mais perigosa é a Coronel Veiga, com 30 registros. Em quinto lugar vem a Rua General Rondon (no Quitandinha) onde de janeiro a outubro deste ano os bombeiros atenderam 19 pessoas. Em seguida está a Rua Mosela com 17 atendimentos. E fechando o ranking de vias mais perigosas está a Washington Luiz, no Centro, com 16 vítimas socorridas pelos bombeiros.

    "Os acidentes nestes pontos vem aumentando a cada ano. A imprudência e falta de conscientização no trânsito infelizmente é o que gera mais vítimas", alertou o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ramon Camilo. O comandante também acredita que para evitar ou diminuir os índices de acidentes é preciso reforçar a sinalização nesses pontos. "Reativar os radares é um ponto importante, esses equipamentos inibem alguns motoristas que deixam de trafegar acima da velocidade permitida", ressaltou o comandante.

    Em cinco das sete localidades consideradas mais perigosas, haviam radares de monitoramento de tráfego de veículos instalados em diversos pontos. Os equipamentos foram desligados em 2015, e desde então não foram reativados. Na Rua Bingen, onde na madrugada do último domingo (25), três pessoas  – André Luiz da Cruz Vale, de 40 anos, Silas Fernandes Finterman, de 32 anos e Jéssica Maciel – perderam a vida após o carro onde estavam ter colidido contra um muro, também havia um equipamento de controle de velocidade. 

    Na Estrada União e Indústria, onde há mais registros de acidentes, em quatro pontos haviam radares. O promotor de eventos, de 29 anos, que preferiu não se identificar, sofreu um acidente em 2015, em um trecho considerado perigoso pelos bombeiros. O carro que ele dirigia bateu de frente com outro veículo na altura de Itaipava, próximo a um shopping. 

    Hoje, dois anos depois, ele está recuperado, mas ressalta que o acidente mudou sua vida. "Passar por uma experiência dessa muda a vida de uma pessoa. Eu quase morri e não lembro de nada do acidente. Acordei no hospital com dores horríveis e sem entender muito bem o que tinha acontecido", contou. Foram 21 dias internado no HST onde ele passou duas cirurgias e ficou seis meses sem poder andar. "Eu tive uma fratura grave no quadril que quase me impossibilitou de andar. Foram momentos difíceis. Eu digo que sou outra pessoa depois do acidente. Passamos a pensar mais", ressaltou.

    Para conscientizar os motoristas o Corpo de Bombeiros em parceria com a Prefeitura inicia uma campanha nestes sete pontos considerados mais perigosos. "Serão distribuídos panfletos e vamos conversas com os motoristas, tentanto conscientizar sobre os riscos de andar acima da velocidade, de ultrapassagens perigosas, de dirigir sob efeito de álcool. Ressaltanto que a importância é respeitar a sinalização e as leis de trânsito", destacou o comandante.

    De acordo com dados do Hospital Santa Teresa, a quantidade de atendimentos entre janeiro e outubro deste ano já é 9,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a unidade atendeu 914 vítimas de atropelamento e acidentes de carro e moto. Só este ano, 36 pessoas já perderam a vida no trânsito.


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