• Prejuízo da CVC dobra no 1º tri, para R$ 166,8 milhões; receitas crescem 76,5%

  • 10/05/2022 20:08
    Por Talita Nascimento / Estadão

    A CVC reportou prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões no primeiro trimestre de 2022, 104,7% pior na comparação com o mesmo período de 2021. O Ebitda Ajustado de R$ 12,5 milhões de janeiro a março reverteu resultado negativo de R$ 63 milhões registrado um ano antes.

    No trimestre, a empresa informa que o lucro líquido foi impactado por uma baixa de créditos tributários e afirma que esta baixa não ocorrerá nos demais trimestres de 2022. Além disso, a rubrica de Depreciação e Amortização alcançou R$ 49,1 milhões e é constituída, majoritariamente, por “amortizações de intangíveis relacionados a mais valia de empresas adquiridas pela CVC Corp nos últimos anos e investimentos em Tecnologia da Informação”.

    A companhia registrou um Ebitda de R$ 33,3 milhões, enquanto o Ebitda Ajustado, o qual acresce as despesas com boletos e excetua os itens não recorrentes, foi de R$ 12,5milhões.

    A receita líquida avançou 76,5% e chegou a 292,8 milhões. A companhia creditou esse avanço à reabertura de mercados, ainda que os primeiros meses de 2022 tenham sido marcados pela variante Ômicron do coronavírus e seus efeitos sobre o setor de turismo.

    O resultado financeiro totalizou despesa líquida de R$ 88,8 milhões, R$ 46,7 milhões superior ao registrado no quarto trimestre de 2021. “Esta variação deve-se principalmente à maior Despesa Financeira, dado o aumento da taxa média dos depósitos interfinanceiros (CDI), que registrou alta de 2,67 p.p., que incide sobre a dívida líquida da companhia, e de encargos incorridos com a antecipação de R$ 629,9 milhões em recebíveis no primeiro trimestre de 2022”.

    A companhia reporta ainda que houve impacto negativo de R$ 18,3 milhões na linha Variação Cambial, principalmente por contratos de hedge, em função da redução da taxa de câmbio entre períodos

    Em 31 de março, a dívida bruta da CVC somava R$ 1 bilhão, o que a empresa classifica como decorrente do “curso normal de fluxo de caixa da própria dívida e do aumento de 2,67 p.p. na taxa média dos depósitos interfinanceiros (CDI)”. O conselho de administração aprovou, em 10 de maio, a realização da 6ª emissão de debêntures no valor total de R$ 995 milhões, nos termos da Instrução CVM nº 476. A dívida líquida da companhia ficou em R$ 356 milhões.

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