• Petrópolis ainda tem 101 pessoas vivendo em abrigos; abrigão da Floriano Peixoto segue sem data para abrir

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  • 07/05/2022 15:20
    Por João Vitor Brum

    Quase três meses após a primeira forte chuva que atingiu a cidade, pelo menos 101 pessoas ainda vivem em abrigos em Petrópolis, de acordo com a Secretaria de Assistência Social. Enquanto isso, o prédio adquirido pela Prefeitura, na Rua Floriano Peixoto, com o objetivo de se tornar um novo abrigão, continua sem uma previsão para começar a funcionar. No primeiro momento, tinha sido anunciado que o espaço precisava passar, apenas, por intervenções simples, como a colocação de telas de proteção nos apartamentos, porém dois meses já se passaram e o local continua fechado, com relatos de infiltrações graves no terceiro andar (foto).

    No dia 22 de abril, a Prefeitura informou à Tribuna que 142 pessoas ainda estavam em nove abrigos da cidade, sendo cinco da sociedade civil, um imóvel próprio do poder público e três alugados. 

    Duas semanas se passaram e há 41 pessoas a menos vivendo nos locais e pelo menos três dos nove espaços foram fechados, mas sem detalhes se os espaços que continuam funcionando são do poder público ou da sociedade civil.

    Até o momento, 1.972 contratos do Aluguel Social foram firmados para vítimas das chuvas, de um total de mais de 3.700 famílias que solicitaram o benefício. Não há informações sobre o total de pessoas vivendo em casas de familiares, amigos, ou que retornaram a imóveis interditados.

    Enquanto ainda há famílias vivendo em abrigos temporários, o prédio comprado pela Prefeitura, na Rua Floriano Peixoto, por R$ 3,5 milhões, continua sem uma data para ser aberto e começar a funcionar como lar temporário.

    O imóvel, que deve se tornar o novo abrigão e conta com 20 kitnets e 12 apartamentos, pode abrigar até 32 famílias. De acordo com a Prefeitura, o espaço passaria apenas por pequenas intervenções para ser aberto, mas até o momento isso não aconteceu, mesmo quase dois meses após o anúncio da compra – feito antes da chuva de março.

    Questionada sobre quando o abrigo começará a funcionar no local, a Prefeitura se limitou a dizer que “o prédio adquirido na Rua Floriano Peixoto passa por pequenos reparos e terá como finalidade abrigar famílias em vulnerabilidade social temporária”.

    Mas imagens divulgadas pela Comissão Especial de Acompanhamento das Ações por Petrópolis, da Alerj, mostram que o espaço não precisa apenas de “pequenos reparos”. Uma das fotos, do terceiro andar do prédio, evidenciam sérias infiltrações em grande parte das paredes e no teto.

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