• Atenção ao dependente e também à sua família

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  • 19/12/2017 10:14

    O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-ADIII) promove hoje, das 14h às 18h30, o Natal das Crianças. O evento consiste numa recreação infantil com o objetivo de integrar família dos pacientes assistidos pelo Caps, visando a prevenção.  

    A ideia foi da coordenadora Leandra Iglesias. Psicóloga há mais de 30 anos, ela completará 12 meses à frente do CapsADIII. O objetivo, segundo ela, é justamente evitar que os filhos desses pacientes assistidos se tornem dependentes, ou tenham algum tipo de relação com o álcool e as drogas. “Percebi que nunca nos atentamos em conhecer a família e os filhos dos nossos pacientes. Lá nós reduzimos os danos, mas nunca fizemos a prevenção dessa maneira. Trabalhar na prevenção é evitar que tenhamos que tratar esses filhos como futuros pacientes”, explicou Leandra. 

    Leandra decidiu transformar a festa, que geralmente acontece no fim de ano, num evento voltado para as crianças. “Será uma festa para crianças. Um evento para que possamos conhecer essas crianças e conversar com elas”, contou a psicóloga. 

    Para viabilizar o evento, Leandra fez uma rifa de produtos orgânicos de produtores participantes da feira AgroSerra. A cesta tem geleias, caponatas, temperos, shitake, milho, queijos, linguiças e até sabonete, tudo orgânico. O valor arrecadado será destinado à compra de brinquedos para as crianças. 


    Filhos de dependentes

    Segundo estudos feitos pela Organização Mundial de Saúde, os filhos de pais dependentes químicos têm, geneticamente, 50% de chance de desenvolver dependência por álcool ou drogas. Isso sem contar com os fatores psicológicos pelo ambiente em que eles vivem. “Teve um dia desses que eu estava fazendo uma palestra e uma menina ficou emocionada quando toquei no assunto. 

    Ela disse que o filho de 9 anos pegou um dinheiro de papel para fingir comprar drogas na boca de fumo. Isso aqui em Petrópolis. E além disso, em Três Rios tinha um paciente que seu sonho era ser dono da boca de fumo. Ele tinha 13 anos. Aos 16 conseguiu ser dono e aos 17 morreu executado a caminho de casa, na frente da mãe”, ressaltou Leandra, falando da importância da prevenção como solução para esses problemas psicossociais 

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