• Técnicos da Defesa Civil Nacional e Japão fazem vistorias nas áreas atingidas pelo desastre

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  • 06/05/2022 08:00
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    Técnicos da Defesa Civil Nacional e da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, na sigla em inglês), estiveram na 24 de Maio, Rua Teresa, Morro dos Ferroviários, Vila Felipe e Caxambu fazendo vistorias nos pontos atingidos pela chuva do dia 15 de fevereiro. O principal foco foi na avaliação in loco dos danos causados nas áreas onde houve deslizamentos de terra mais intensos. A atividade também serviu para levantar informações necessárias à elaboração dos planos de trabalho de recuperação dessas localidades – o documento é indispensável para a solicitação de recursos federais por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). 

    “As vistorias que fizemos hoje complementam as vistorias iniciais que foram feitas logo após o momento do desastre. Neste momento, a gente consegue perceber, além da extensão dos danos, um pouco mais do fenômeno que deflagrou o desastre do movimento de massa”, disse Paulo Falcão, diretor de Obras de Proteção e Defesa Civil do MDR. 
     
    Durante a visita, a equipe da JICA que acompanha a Defesa Civil Nacional também reuniu informações para avaliar a elaboração de estudos para a aplicação do Projeto Sabo — Aprimoramento da Capacidade Técnica em Medidas Estruturais Contra Movimentos Gravitacionais de Massa com Foco na Construção de Cidades Resilientes — no município da Região Serrana do Rio de Janeiro. 
     
    O Projeto Sabo consiste na avaliação do movimento de massas, com foco na ocorrência de fluxo de detritos, que tem maior poder de destruição. Além disso, propõe a instalação de barreiras de contenção e porosas para canalizar fluxos de detritos de encostas e reduzir a área de alastramento do desastre. Os técnicos apresentaram à Defesa Civil Municipal uma simulação do funcionamento do sistema. 
     
    A medida preventiva, segundo o especialista em análise de desastres da JICA no Japão, Hideto Ochi, é uma alternativa viável em algumas das áreas vistoriadas. “Pudemos constatar que o desastre ocorreu de forma similar aos que ocorrem no Japão. O Sabo pode ser uma alternativa viável em alguns dos pontos onde houve fluxo de detritos”, disse. 
     
    De acordo com o MDR, a ideia é aproveitar os dados coletados nesta passagem pela cidade e também por meio do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Risco de Desastres (Gides), do qual Petrópolis foi um dos municípios-piloto juntamente com Nova Friburgo (RJ) e Blumenau (SC). Técnicos ligados à Prefeitura local, inclusive, passaram por treinamento no Japão no âmbito da iniciativa. 
     
    O Gides foi iniciado em 2013 e é composto por quatro eixos estratégicos: mapeamento de áreas de risco, monitoramento e alerta, obras de prevenção e reabilitação e planejamento territorial. A iniciativa foi consolidada com a elaboração de seis manuais técnicos para a prevenção de deslizamentos de massa. 
     
    “Esse olhar que está sendo implementado em parceria pela JICA, pelo MDR e pela Defesa Civil Municipal é fundamental para que seja possível aumentar a condição de resiliência da população e produzir segurança pensando na prevenção de uma maneira mais eficiente e com atuação em todas as etapas de defesa civil”, disse o secretário de Defesa Civil do Município, Gil Kempers.  
     
    Encontro com o MPRJ 
     
    Na parte da tarde, os técnicos da Defesa Civil Nacional, da Defesa Civil municipal e da JICA participaram de uma reunião com representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O encontro serviu para buscar alternativas que mitiguem os danos humanos e materiais em possíveis ocorrências futuras. 
     

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