PMI composto avança a 58,5 em abril, ao maior nível desde outubro de 2007
O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil, que engloba os setores industrial e de serviços, avançou para 58,5 pontos em abril, de 56,6 pontos em março, divulgou nesta quarta-feira a S&P Global. O índice de produção do setor privado brasileiro chegou ao patamar mais elevado desde outubro de 2007. Acima da marca de 50, o dado mostra que a atividade segue em expansão.
O PMI específico de serviços saltou de 58,1 em março para 60,6 em abril, a segunda maior taxa de expansão da série histórica, iniciada em março de 2007. O fim das restrições contra a covid-19, políticas públicas favoráveis e uma nova recuperação da demanda impulsionaram o avanço.
O crescimento da atividade de negócios foi o mais acentuado em 15 anos. Como resultado, a criação de empregos no setor evoluiu no ritmo mais rápido desde meados de 2007.
“A pesquisa também revelou uma intensificação das pressões inflacionárias, com os prestadores de serviços elevando os preços de venda a um ritmo sem precedentes, em resposta ao aumento acentuado das despesas operacionais”, acrescenta em nota a diretora associada de Economia da S&P Global, Pollyanna de Lima.
Em meio a fortes pressões, a taxa de inflação dos custos de produção do setor privado atingiu um novo recorde em abril. O índice de preços de insumos subiu a uma taxa acentuada, entre as mais altas da série histórica.
“A melhora de desempenho do setor de serviços é bem-vinda, levando em consideração a desaceleração do crescimento observada no setor industrial, e contribuiu para aumentos quase recordes de produção, vendas e índice de emprego do setor privado”, diz Pollyanna.