• Negócio com a ITA foi suspenso, mas não cancelado, diz comprador

  • 04/05/2022 07:00
    Por Fernando Scheller e Lucas Agrela / Estadão

    Anunciado há um mês como comprador da ITA, companhia aérea do grupo Itapemirim que voou por cinco meses antes de deixar milhares de brasileiros sem viagem pouco antes do Natal de 2021, o empresário Galeb Baufaker diz que apenas suspendeu, mas não desistiu da ideia de ficar com a aérea.

    O empresário diz que ainda espera resolver o que chama de insegurança jurídica no processo de recuperação judicial da Itapemirim. Ele diz ter intenção de colocar no ar a ITA – com este ou outro nome – seis meses após fechar o negócio de vez.

    O anúncio de que um comprador ficaria com a ITA pegou o mercado de surpresa, ainda mais por se tratar de um grupo desconhecido no Brasil – Baufaker mora nos EUA – e sem tradição no setor.

    Conforme reportagem do Estadão, a consultoria Baufaker, inicialmente anunciada como compradora, fica em um centro comercial de Taguatinga, cidade satélite de Brasília, onde funciona uma empresa de cercas elétricas.

    Mas o que atraiu Baufaker para uma empresa sem tradição e com muitos débitos, incluindo dívidas milionárias com fornecedores de aeronaves e meses de salários atrasados da equipe? Segundo o próprio Baufaker, foi o time que conseguiu botar em pé um negócio com pouco dinheiro e disputando espaço em um setor muito competitivo. “Eu tenho condições de montar uma empresa do zero. Mas a ITA teve um corpo operacional que fez a empresa acontecer. Esse é o valor da empresa”, diz.

    O empresário sabe que recuperar a ITA será um caminho ladeira acima. Ele diz ter reunião na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) amanhã. E tem consciência de que terá de convencer fornecedores a dar à empresa novo voto de confiança. Mesmo otimista sobre o futuro, Baufaker admite que a operação atual, com apenas uma aeronave, é inviável. “Não posso iniciar a operação com apenas uma aeronave, é inviável. Dependendo do tipo de negociação, poderemos ter novas aeronaves, tudo dependerá dos acordos com fornecedores.”

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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