Acusado de usar expressão racista, vereador Camilo Cristófaro coleciona polêmicas
O vereador de São Paulo Camilo Cristófaro (PSB) foi flagrado nesta terça-feira, 3, falando uma expressão racista durante a CPI dos Aplicativos na Câmara Municipal de São Paulo. Na frente de outros parlamentares, o áudio vazado dizia: “Olha só, lavando a calçada isso é coisa de preto”. Essa, entretanto, não é a primeira polêmica do político na Casa Legislativa paulistana.
Em março deste ano, ele trocou farpas com o vereador Adilson Amadeu (União Brasil). Segundo Cristófaro, o colega o teria ofendido em um grupo de WhatsApp interno, durante uma discussão sobre a atuação parlamentar na Feirinha da Madrugada, área de comércio no centro da cidade de São Paulo. Cristófaro ingressou com uma representação na Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo contra Amadeu.
Em setembro de 2019, o vereador do PSB foi acusado em um outro caso de racismo. No plenário da Câmara Municipal, ele chamou o vereador Fernando Holiday (Novo) de “macaco de auditório”. Na época, Holiday disse ao Estadão que se sentiu “revoltado” ao ouvir as falas. Cristófaro se defendeu dizendo que a “macaco de auditório” é uma “expressão popular”.
Na legislatura anterior (2017-2020), Cristófaro foi condenado à sanção máxima pelo Tribunal Regional Eleitoral por fazer captação ilícita de recursos financeiros durante as eleições de 2016 e ainda foi acusado de receber verbas de campanha da mesma “laranja” que teria abastecido a candidatura de José Auricchio Jr. (PSDB), prefeito de São Caetano do Sul, na época. Na época, o vereador perdeu o mandato, mas conseguiu restituir seu cargo após uma decisão do ministro do STF Luiz Fachin.
Na sessão de volta à Casa, Cristófaro teve uma atitude transfóbica no plenário da Casa ao chamar o vereador Thammy Miranda (PL) no feminino. “Cumprimentar a Thammy, quem eu vi nascer. Filha da Maria Odete, amiga do Colégio Regina Mundi, da minha irmã… Filha, na época, da minha amiga Maria Odete, quando fui visitá-la na Aclimação”, disse na época. Miranda era quem iria assumir o cargo de Cristófaro após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral.
O Estadão entrou em contato com o vereador para questionar sobre o episódio desta terça-feira, na CPI dos Aplicativos, mas não obteve retorno até o fechamento essa matéria.