• Matisyahu volta com novo álbum e de visual sem vestígios do judaísmo

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  • 02/05/2022 08:01
    Por Julio Maria / Estadão

    Um rapper judeu ortodoxo parecia trazer confluências aceitáveis demais para que aquilo durasse por muito tempo quando o jovem Matthew Paul Miller, da Pensilvânia, apareceu sob o pseudônimo de Matisyahu. E assim foi. Matisyahu, o improvavél, seguia fiel às crenças do judaísmo enquanto empunhava microfones tentando não trair muitos preceitos sagrados em festivais pelo mundo. Seu rap dava tão certo quanto seus estudos, até que a vida trouxe outras revelações.

    Matisyahu tem hoje 42 anos e não usa mais cachos, quipá nem nada que lembre as origens judaicas. Segue falando com paixão e cantando com alguma indignação ainda que sem os messianismos que o rap alimenta para fortalecer seu discurso. Seu sétimo álbum acaba de ser lançado com mensagens de superação e positivismo. Vem produzido pela dupla colombiana Salt Cathedral, com três singles já pelos ares: AM_RICA, Keep Coming Back For More e Chameleon.

    Ao Estadão, ele fala sobre o que o fez deixar o judaísmo ou ao menos ostentá-lo: “Chegou um momento em que parei de procurar por uma grande verdade e comecei a buscar aquelas ‘pequenas verdades'”. Se há conexões entre o rap e o judaísmo: “O rap é um estilo de música e o judaísmo é mais do que religião. As junções se dão pelos jovens judeus que cresceram nos anos 90, 2000 e que hoje vivem em uma sociedade altamente influenciada pelo rap.” Ele cita Drake, filho de mãe judia. “Um nome como Drake, por exemplo, é importante. Ele tem conseguido criar basicamente o seu próprio gênero musical.”

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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