• Cavalos & patins

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  • 13/12/2017 13:10

    A notícia que vem do Sebrae é lisonjeira e faz um bem enorme a Petrópolis: nós lideramos o ranking entre os 11 municípios fluminenses partícipes do programa Cidades Empreendedoras. Tudo a ver com as políticas públicas que têm favorecido as micro e pequenas empresas.

    Dito e feito, muito bem, estamos à frente das lebres e tartarugas que se atolam no barro dos caminhos e disputam a eterna supremacia da velocidade inteligente contraposta à inercial preguiça.

    Ninguém, portanto, está dormindo sobre louros e pendurado em papagaios bancários: o municipio ajuda e incentiva. Nota máxima para os empreendedores e agentes públicos de mentes arejadas.

    Mas, porém, contudo, todavia, senão, o que está faltando, ainda, para que Petrópolis compreenda melhor o seu destino?

    De um lado, consegue-se uma estatística do pingado, isto é, o empresário embalado em frascos pequenos, produz fragmentos, com alguns empregos provisórios ou fixos, abarrotando tudo, por vezes, com uma produção de algo que esbarra na infraestrutura geral e cai pelas bordas, na fragilidade inerente às políticas exercidas em períodos eleitorais.

    Parece que tudo fica assemelhado aos conjuntos de habitações que se sobrepõem umas às outras, morros acima, pirambeiras abaixo, crateras insuspeitas que explodem e implodem a paciência mínima do bom senso.

    O que dizer, então? É boa a colocação no ranking dos empreendedores ou está faltando algo muito importante?

    O vero é que o vazio de Petrópolis está na falta de incentivo aos projetos de larga visão que possam trazer recursos de expressão e empregos do nível das grandes empresas, em sua maioria, habitando as políticas de São Paulo por exemplo. Diante do número alarmante, já não é possível mais contar os galpões fabris fechados e em deterioração existentes nos quatro cantos do município. Os imóveis fechados, as casas comerciais trocando de razão social em menos de um ano após as inaugurações…

    Nossa vocação é o turismo? Sim, uma delas e forte! Estamos, pois, no limiar decisório de nosso destino vocacional.

    Está faltando o empreendedorismo para o turismo sustentável por si e para esta nossa cidade histórica, cheia de encantos mil (olha ai, letra de hino) e bonita por natureza (no cancioneiro popular).

    Para exemplificar, cito dois projetos que estão no gogó dos homens públicos fustigados pelos cidadãos que abaritonam melhor os acordes do hino local: quem pensa que é feliz, etc.

    O primeiro projeto é a absurda eliminação das “vitórias” por causa do cocô e do xixi dos cavalos e a aparência do serviço e dos equinos. Em grandes cidades do mundo, capitais universais do melhor turismo, nada disso é problema porque a atividade é bem admnistrada e os serviços públicos estão à altura para manter tudo higienicamente de elevado nível.

    O segundo projeto é a possibilidade da volta do rinque de patinação à praça da Liberdade, uma tradição petropolitana encantadora, que deveria ser reativada, eliminando-se aquela construção de exagerada volumetria que enfeia o belo logradouro público. E nossos jovens teriam uma recreação sadia, que formou algumas gerações no passado, trazendo de volta turistas ao belo esporte, colorindo de vida e juventude o recanto hospitaleiro.

    Então, para que plebiscito sobre as “vitórias” ou por que manter-se a utilização inadequada de um próprio municipal tão caro para a patinação e tão expressivo na tradição de nossa melhor história?

    O turista consome mas ele só o fará se a cidade recebê-lo com serviços e atrações que o conquistem e o retenham.

    No presente, Petrópolis atrai ou espanta?

    Eu sei a resposta. E você?

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