• Ruínas viram risco sete anos depois da tragédia

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  • 07/12/2017 12:20

    Construções interditadas depois da tragédia do temporal de janeiro de 2011, que deveriam ter sido demolidas, estão até hoje em ruínas na localidade da Lajinha, em Itaipava. Abandonados, os imóveis que ficam na Estrada das Arcas despertam preocupação da população local. Isso porque, segundo eles, tem gente utilizando essas ruínas para consumir drogas. 

    Para quem passa pela rua, o cenário é assustador. Um amontoado de pedras e entulho em meio ao mato esconde parte das construções, condenadas pela Defesa Civil, que deveriam ter sido demolidas completamente logo depois da tragédia de 2011. 

    Na ocasião, as águas do rio Carvão destruíram casas e deixaram várias construções da região em risco. Passado trauma, o medo agora é outro. “Tem gente utilizando essas casas para fins indevidos. Os verdadeiros donos já venderam ou saíram, muitos deles estão no aluguel social. Mas tem gente que não tem nada a ver com essa história que está se apoderando, e até pessoas mal intencionadas utilizando esses becos e vielas como esconderijos à noite”, disse Rosana Souza.

    A vendedora Creuza Canedo, que mora há mais de 40 anos na região, reclama da falta de atenção do poder público. “É um descaso escancarado. Autoridades passam por aqui, veem esse abandono a nem sequer dão uma posição para a população local”, reclamou. Creuza disse ainda que tem medo de passar pelo local à noite. “As pessoas usam drogas ali e podem usar aquilo para práticas criminosas. Tem que resolver logo isso”, completou.

    Como se já não bastasse o local sujo e perigoso, as construções, as pilhas de entulho e o matagal escondem uma bomba relógio: o assoreamento do Rio Carvão. “Esse rio foi o mesmo que transbordou e inundou Itaipava, no trecho do Rio Santo Antônio lá da frente. Quando chove muito, a água vem lá de cima com correnteza e deixa a gente com medo, porque isso aqui está uma vergonha. Se inundar de novo todo esse entulho e lama vão represar a água e fazer mais estrago. Estão esperando o quê?” questionou Magali Xavier, que mora em Santa Mônica e passa todos os dias pelo local.  A Tribuna tentou, sem sucesso ouvir o Inea e a Prefeitura de Petrópolis sobre o caso.. 

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