• Profissionais da Saúde e Educação enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho; PMP garante que greve não afetou serviços

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  • Aulas parcialmente suspensas e carona para chegar às unidades de saúde

    07/04/2022 18:42
    Por João Vitor Brum, especial para a Tribuna

    Os dois dias de greve dos rodoviários causaram impactos na rotina de todos os petropolitanos. Na Educação, há relatos de escolas que tiveram as aulas suspensas. O filho da Lívia estuda no Centro de Educação Infantil Zilda Arns, e ficou sem aula tanto ontem quanto nesta quinta-feira. De acordo com ela, a suspensão foi anunciada para pais e responsáveis por um grupo de aplicativo de mensagens. 

    “Na quarta-feira de manhã, por volta de 6 horas, enviaram uma mensagem avisando que não teria aula. No fim do dia, enviaram uma outra dizendo que, caso a greve não terminasse até a manhã de quinta, era para não levar as crianças novamente. Não vi nenhum anúncio oficial, só por mensagem mesmo. Tenho amigas com filhos em pelo menos outras duas escolas e eles também ficaram sem aula, uma só descobriu na hora que chegou pra deixar o filho no colégio”, contou Lívia Nascimento, que precisou adiar compromissos nos dois dias para cuidar do filho. 

    “É algo que afeta todo o nosso dia, né. Precisei desmarcar alguns compromissos para ficar com ele, mas e quem não tinha o que fazer? Sem contar que a rotina das crianças fica toda bagunçada, ainda mais depois de tantas paralisações nas aulas”, completou a mãe. 

    Sobre as aulas na rede municipal, a Secretaria de Educação negou que as aulas tenham sido suspensas por conta da greve dos rodoviários. Mas disse que, no entanto, houve dificuldade para profissionais e famílias chegarem às unidades, diminuindo a capacidade total em algumas unidades. Não foi informado o total de turmas e alunos afetados. 

    Profissionais da saúde vão para unidades de carona

    Além dos profissionais da Educação, funcionários de unidades de saúde também enfrentaram dificuldades para chegar ao trabalho durante a greve dos rodoviários. Funcionários do Hospital Alcides Carneiro, por exemplo, dependeram de caronas para chegar à unidade. 

    Um técnico em enfermagem, que pediu para não ser identificado, conta que só conseguiu chegar ao trabalho porque pegou carona com colegas. Ele mora no Meio da Serra e trabalha em Corrêas. 

    “Ficamos dependendo de carona, de pegar um carro por aplicativo, tudo na nossa conta. Não recebemos nenhum apoio, só temos que nos virar e chegar pra trabalhar. E não falo só de mim, são dezenas de profissionais que dependem do transporte público e mais uma vez tiveram que buscar uma solução sozinhos”, desabafou.

    Já em relação aos atendimentos de saúde, a Prefeitura confirmou que, assim como a vacinação contra a covid-19, que precisou ser suspensa por conta da greve dos rodoviários, os atendimentos nas unidades de saúde do município, como UBSs e PSFs, foram prejudicados.

    De acordo com a Prefeitura, parte dos profissionais de saúde não conseguiram chegar aos locais de trabalho. Porém, não houve a necessidade dos atendimentos serem totalmente interrompidos.

    *Atualizada às 19h44 para inclusão do posicionamento da Prefeitura.

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