• Pai Nosso VIII A última prece

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  • 17/11/2017 12:00

    Mas livra-nos do mal. Amém.

    No hebraico, essa passagem reza assim: “Livra ou preserva-nos do mal ou do maligno”, parecendo falar do diabo, como se quisesse resumir tudo, no sentido de a oração inteira estar voltada contra esse nosso inimigo principal. Pois é ele que entre nós barra tudo aquilo que pedimos; o nome ou glória de Deus, o Reino e a vontade de Deus, o pão de cada dia, a consciência boa e tranquila, etc. Por isso, fazemos uma síntese, dizendo: “Pai querido, ajude acabar com toda essa desgraça”. Isso, naturalmente, inclui as coisas ruins que nos possam acontecer sob o domínio do diabo: pobreza, vergonha, morte, em suma, toda a desventurada miséria e dor incalculável que existe sobre toda a face da terra. O diabo não só é mentiroso, mas também homicida, está o tempo todo atentando contra a nossa vida, satisfazendo sua gana ao nos causar acidentes e danos ao nosso corpo. Por isso, ele quebra o pescoço de uns, ou os faz perder a cabeça, deixa outros se afogarem, fora outros casos terríveis. Por isso não temos outra coisa a fazer na terra senão orar incessantemente contra esse inimigo principal. Se Deus não nos preservasse, não ficaríamos uma hora sequer seguros contra ele. Por aí você vê que tudo que nos afeta fisicamente precisa ser rogado, que ninguém deve buscar nem esperar socorro senão junto a Ele. Isso Ele apresenta por último. Pois, se quisermos nos livrar e ficar protegidos contra todo mal, primeiro Seu nome precisa ser santificado em nós, Seu Reino precisa estar entre nós e Sua vontade ser feita. Depois, finalmente, Ele nos quer proteger do pecado e da vergonha, além daquilo que nos machuca e nos prejudica.

    Assim, Deus nos apresentou resumidamente todas as necessidades que nos possam afetar, de modo que nunca temos desculpa para deixar de orar. Importante também é aprendermos a dizer AMÉM, ou seja, não duvidar de que o pedido será atendido e de que será feito. Trata-se de uma palavra de fé que não duvida, que não fica rezando a esmo, mas sabe que Deus não mente, porque Ele prometeu dar. Quando não houver essa fé, a oração não será autêntica. Por isso, é uma engano nocivo das pessoas que oram sem fé acharam que não é lícito dizer sim e amém com sinceridade, concluindo, com certeza, que Deus atenderá; mas ficam em dúvida, dizendo: “Como teria eu a audácia de alegar que Deus vai atender minha oração? Afinal de contas, sou um pobre pecador!” Isso se deve ao fato de eles não atentarem para a promessa de Deus e, sim, para suas próprias obras e seu próprio merecimento, com o que desprezam a Deus e O chamam de mentiroso. Por isso, também nada recebem, como diz São Tiago: “Quem orar, ore na fé e não duvide! Pois quem duvida é como uma onda do mar, tocada e movida pelo vento; não pense essa pessoa que ela vai receber alguma coisa de Deus!” (Tiago 1.6) Aí se vê como é importante para Deus que nós tenhamos certeza de não estar pedindo em vão e que de forma alguma desprezemos nossas orações. 

    (Fonte: Catecismo Maior, p. 105-106)

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    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 09:00h. Tel. 24.2242-1703


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