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  • 14/11/2017 12:45

    Com pedido de mil e uma desculpas e um outro tanto de perdão, por favor, aceitem o trocadilho que dá titulo a esta crônica.

    Aliás, a própria empresa concessionária da rodovia BR.040 é um tremendo trocadilho do pior gosto já que não respeita o cumprimento do contrato, deixa tudo pela metade, não administra a contento os quilômetros atrás e adiante que compõem a área semiabandonada e ruindo em nossos dois estados: Rio de Janeiro e Minas Gerais. Não é com ser e sim sem ser porque nada tem contribuído para os justos anseios de Petrópolis e usuários que pagam caríssimo para circular pela rodovia.

    Comenta-se, a cada cratera que surge, que a empresa arrecada muitos milhões, obedecendo fielmente os ajustes, reajustes e tudo o mais e, na contrapartida, os serviços e cláusulas obrigacionais, rolam serra abaixo e acima, em quedas mortais de inconsistência e desrespeito total. Tudo parece uma escola de samba poderosa, colorida, bonita que, ainda na concentração, vê carros quebrados despencando passistas de seus poleiros e alguns quase esmagados pelo mal feito de uma parafernalia ter sido parida nas coxas (Ai, perdão, perdão, saiu por necessidade argumentatória).

    Pois muito bem – ou mal – quem está segurando a empresa que parece tão intocável? O que está por trás de tanta irresponsabilidade? Será que estamos necessitando de um projeto do tipo lava túnel? Existem políticos locupletados com a esbórnia? São pagas propinas fixas ou acidentais para garantir o contrato e não denunciá-lo e extingui-lo?

    Enquanto as perguntas esvoaçam por muitas cabeças, a empresa está lá, nos seus pedágios, recolhendo expressiva grana, inventando a construção de gigantesco tunel, talvez para constar no “Guiness Book”, com obras iniciadas e paralisadas , fragilizando as áreas onde abre vácuos, deixando muitas dúvidas sobre a lisura de quantos estão envolvidos no concer ou não ser que tanto afligia o fictício principe da Dinamarca, o Hamlet, de Shakespeare. Tudo a ver com os iagos que artimanham por ai.

    Estou perplexo com a passividade de nossa gente, quieta, pagando por tudo, sem reação objetiva e dura para extinguir tanto descalabro e irresponsabilidade. Políticos discursam e nada acontece, senão o registro junto ao povo de que estão pensando no assunto, o que representará votos nas próximas eleições.

    As melhorias ocorridas na estrada desde a concessão são paliativas e de trivial e diária conservação – pura obrigação – colocando em dúvida a necessidade de alguns projetos que somente causam transtornos, vultosas despesas e, quem sabe, abrigam coelhos em cartolas de hábeis prestidigitadores?

    Por último, a cratera do contorno, é fato que necessita rigoroso inquérito, não bastando a concessionária dar um agrado ao município ou aos desabrigados, mas, de justiça, a exigência de denúncia do contrato e apuração do comportamento da empresa em todo o período dessa concessão que assusta e compromete o mínimo bom senso.

    Nunca esquecendo todos que vidas humanas estão em perígo, mesmo que todos saibam que a construção de habitações nas áreas das margens da rodovia nunca deveriam ocorrer e que a vista grossa e o vil politicagem criaram as crateras do aumento da irresponsabilidade do ganho fácil, tanto monetário quanto politico. Mais um autêntico samba do afro-descendente doido.

    Ah! Só para pensar melhor: porque no lugar do estupendo túnel para rolamento viário de motores de explosão, não se constrói uma imensa ferrovia moderna que una os estados do sudeste, nordeste e o Planalto Central? Que economia fabulosa, heim ! E a diminuição dos automóveis nas rodovias, então? É preciso consertar a beócia solução (ou retrocesso?) da extinção de boa parte das ferrovias no Brasil.

    Piuiiiiiiii….. sem fumaça, sob diesel ou metanol ou energia solar …..e tudo melhorará no país continente mais lindo e rico do globo terrestre!

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