Frente de prefeitos critica atuação do MEC e diz que Brasil não pode ‘silenciar’
A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) decidiu reagir à atuação do Ministério da Educação de colocar pastores para intermediar as ações da pasta e a liberação de recursos para municípios, conforme revelado pelo Estadão.
Em nota, a FPN classifica a movimentação do órgão chefiado pelo ministro e pastor Milton Ribeiro como “lamentável” e afirma que o País não pode “silenciar”. “Prefeitas e prefeitos afirmam que o Brasil não pode silenciar diante de uma situação tão injusta do uso do dinheiro público”, diz a frente.
Conforme a reportagem revelou, um grupo de pastores passou a comandar a agenda do ministro Milton Ribeiro formando uma espécie de “gabinete paralelo” que interfere na liberação de recursos e influencia diretamente as ações da pasta. O caso, que representou a liberação de verba em tempo recorde, colocou em xeque a permanência de Ribeiro no cargo.
Prefeitos criticam a prioridade dada pelo MEC para privilegiar alguns municípios em detrimento de outros, conforme a escolha dos líderes religiosos. “A Constituição Federal garante o estado laico, e a distribuição de recursos para a educação deve atender critérios técnicos para diminuir iniquidades e injustiças existentes no país”, afirma o órgão, que representa as capitais e as maiores cidades.