• Famílias do aluguel social enfrentam problemas para encontrar imóveis que aceitem pets

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  • Abrigo no Quitandinha foi desmobilizado e animais voltaram às ruas

    19/03/2022 05:00
    Por João Vitor Brum, especial para a Tribuna

    As perdas sofridas após a tragédia do último mês ainda estão sendo contabilizadas em todos os setores da cidade. Uma preocupação que tem se tornado cada vez maior é com os animais de estimação de famílias que perderam tudo ou que moravam em áreas de risco e precisaram sair de casa. Entre as dificuldades, estão proprietários de imóveis para alugar que não aceitam animais, bichos que desapareceram depois da tragédia, animais que foram levados para abrigos em outras cidades e fugiram, entre outros. 

    Nesta semana, uma família que estava abrigada em uma escola no Quitandinha precisou deixar seis cães para trás, pois o imóvel que conseguiram pelo aluguel social não aceitava animais.

    Para Teresa Baltazar, protetora que trabalha na escola que estava funcionando como abrigo, a maior preocupação é que os animais não fiquem na rua.

    “É de cortar o coração saber que a famílias e os animais vão ter que se separar. Estamos tentando encontrar uma solução para que eles pelo menos fiquem juntos, mas até agora não sabemos o que fazer. A família deixou o abrigo nesta quinta-feira e a escola precisa reabrir, então eles não podem ficar aqui. Dois deles foram adotados, mas os outros quatro, agora, estão na rua onde a família morava antes de perder a casa, com vizinhos tomando conta. Precisamos urgentemente de um lar pra eles”, disse Teresa.

    De acordo com protetores, o problema para encontrar imóveis que aceitem animais tem se tornado cada vez mais recorrente e ainda não há perspectiva de solução.

    “Em Petrópolis, já há uma dificuldade para alugar casas tendo animais de estimação, pois alguns proprietários só aceitam cães, outros só gatos. Porém, agora isso está ainda pior, não estão alugando para quem tem qualquer animal. Nosso maior apelo agora é que os proprietários se coloquem no lugar dessas pessoas e aceitam os animais. Essas pessoas já perderam tudo, precisam ficar com seus companheiros”, desabafou a protetora Virgínia Pereira, membro da ONG Somos Todos Protetores.

    Cão foge após ser levado para lar temporário em Jacarepaguá

    Nos dias que sucederam a tragédia, muitos animais foram levados para lares temporários em Petrópolis e cidades vizinhas, como o Rio de Janeiro. Foi o caso do Malhadinho, levado para um lar temporário no Rio de Janeiro no dia 16 de fevereiro. O cão foi retirado da lama e levado, junto de outros animais, para Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense. O cachorro era “comunitário”, recebia cuidados de vários moradores do Morro da Oficina.

    Desde o dia em que foi levado, ele teria fugido duas vezes do lar onde estava, mas foi encontrado. Porém, o cão teria fugido de novo e não foi mais visto. 

    “A gente tentou falar com quem o levou para o lar, mas não tivemos nenhuma notícia do Malhadinho. Ninguém nos avisou quando ele fugiu das outras vezes e nem agora. Desde que descobrimos, estamos divulgando nas redes sociais e pedindo toda a ajuda que for possível. Queremos muito encontrá-lo e trazer de volta pra cá”, disse Rose Ane Guimarães, uma das cuidadores do animal.

    Confira alguns animais que estão para adoção:

    Contato da cuidadora Teresa: (24) 99213-5204

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