• Casa Branca diz ter conversado com China sobre consequências de ajudar a Rússia

  • 15/03/2022 16:07
    Por Matheus Andrade / Estadão

    A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta terça, 15, que a administração vem conversando de forma privada com a China sobre as consequências de ajudar Rússia a contornar as sanções aplicadas pelos Estados Unidos e aliados. Em coletiva de imprensa diária, a representante indicou que o tema foi tratado em encontro do conselheiro nacional de segurança Jake Sullivan com integrantes do governo chinês nesta semana.

    Sobre a possibilidade de a Índia comprar petróleo russo com desconto, Psaki disse que o país deve pensar: onde quer estar quando os livros de história forem escritos, e se querem ficar ao lado de uma invasão. Questionada sobre as sanções aplicadas a americanos hoje pelo governo russo, que incluem a proibição da entrada no país, a porta-voz deu menor importância ao tema, e disse: “não estamos planejando viagens para a Rússia”.

    A porta-voz voltou a defender a postura americana na guerra, e reforçou os impactos econômicos para a Rússia das medidas aplicadas contra o país. Segundo ela, “US$ 1,8 bilhões em ajuda que providenciamos dá condições de Ucrânia se proteger”. Desta forma, “nossa posição segue a de não transferir equipamentos diretamente à nação, já que há risco de escalada”, afirmou. Em uma pergunta sobre o que seria considerado um ataque direto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a exemplo de um drone russo sobrevoando o espaço aéreo da aliança, a representante respondeu que uma eventual ataque à Otan será definido pelas lideranças da organização, não um país isolado.

    Quanto a alta da gasolina, Psaki afirmou que a administração está observando uma série de opções, inclusive internas. “Conversamos com uma série de congressistas sobre o tema”, indicou. No entanto, questionada sobre a possibilidade de construção de um novo oleoduto, ideia sugerida pelo senador democrata Joe Manchin, disse que a obra não deve ter impacto no momento nos preços, e que não deve avançar. Segundo ela, questão da gasolina está relacionada com oferta e demanda, e “estamos em contato com produtores globais”.

    Psaki reforçou que o nome de Sarah Bloom Raskin para o conselho do Federal Reserve (Fed) segue sendo apoiado. Ontem, Manchin anunciou que se oporá à indicação, citando preocupações sobre o compromisso dela com o setor de energia. Segundo a porta-voz, Raskin é uma das pessoas mais qualificadas já nomeadas, e segue com apoio da Casa Branca.

    Últimas