Desabrigados e desalojados que não estão em abrigos precisam procurar o CRAS mais próximo
Depois de passar as três primeiras semanas fechados, após a tragédia do dia 15 de fevereiro, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) foram reabertos na última semana. As equipes fazem o cadastro das famílias no Aluguel Social e no CadÚnico, e orientam sobre os demais atendimentos.
Enquanto as unidades ficaram fechadas, o atendimento às demandas nos pontos de abrigamento era feito por equipes da Secretaria com Assistente Social, Orientador Social, e Psicólogos. Nos locais, os profissionais faziam o primeiro atendimento, cadastrando as pessoas e observando as necessidades de cada núcleo familiar.
De acordo com o secretário de Assistência Social, Fernando Araújo, o cadastramento das famílias foi feito de forma manual – através da ficha de atendimento emergencial que já era praticada em Petrópolis, devido a atuação em outras situações envolvendo desastres – já que as equipes tiveram os equipamentos afetados. Ainda não foi informado quantas famílias foram incluídas no CadÚnico, cadastro que dá acesso a todos os benefícios dos governos Federal, Estadual e Municipal.
“Estivemos em todos os pontos de apoio para o cadastro dessas famílias. O serviço foi feito manualmente, pois a tragédia também afetou nossos equipamentos. O importante naquele momento era realizar os registros daquelas famílias para garantir o acesso aos serviços que têm direito. Agora vamos qualificar e analisar todos os dados”, pontua o secretário.
Em relação ao fechamento dos Centros, nas três semanas após a tragédia, o secretário, informou que as unidades tiveram que passar por vistoria porque estão localizados em comunidades que foram afetadas pela chuva, no entanto, os CRAS do terceiro, quarto e quinto distritos, em comunidades que não foram diretamente afetadas pelas chuvas também permaneceram fechados. O CRAS do Retiro ainda não foi reaberto.
“No primeiro momento tivemos que manter as unidades fechadas para avaliação da Defesa Civil. Os CRAS ficam localizados em comunidades que foram afetadas pela chuva forte de alguma maneira. Era necessário garantir a segurança do público que ia acessar o espaço e das equipes”, explica Fernando Araújo, secretário de Assistência Social.
Não posso voltar para casa, o que devo fazer?
As pessoas que estavam nos pontos de abrigamento oficiais e comunitários foram cadastradas pelas equipes da Secretaria de Assistência Social que prestavam o serviço de maneira itinerante nos abrigos. “Essas pessoas já estão com o direito ao Aluguel Social, por exemplo, assegurado pelo Município e pelo Estado nesse primeiro momento. Atuamos no momento de tensão e para garantir o atendimento. Agora vamos afinar o serviço”, explica Fernando.
O decreto municipal N.º 041 de 24 de fevereiro de 2022, norteia as ações para a concessão do Aluguel Social no valor de R$1.000 (R$800 pagos pelo Estado e complemento de R$200 pelo município). Pelas novas regras que foram flexibilizadas para as vítimas do dia 15 de fevereiro, a apresentação do laudo de interdição da Secretaria de Defesa Civil do município ganhou um prazo de 60 dias (Decreto nº 47.962/22), e o cadastro no CadÚnico deve ser concluído em 90 dias (Decreto nº 44.052/2013). Caso os critérios não sejam cumpridos, a família será excluída do benefício.
De acordo com a Prefeitura, uma força tarefa foi montada para agilizar a assinatura dos contratos de aluguel para que as famílias que estão nos abrigos encontrem um imóvel. Até esta quinta-feira (10), 172 contratos formalizados estavam na sala da Procuradoria-Geral do Município.
Estou desalojado, o que devo fazer?
Os desalojados foram cadastrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos no Colégio Estadual Rui Barbosa ou no Colégio Estadual Princesa Isabel. Até o dia 05 de março, 2.971 famílias foram cadastradas. O município não informou quantos cadastros realizou após a reabertura dos CRAS.
As pessoas que não fizeram esse cadastramento devem procurar uma das unidades dos Centros de Atendimento em Assistência Social (CRAS) para referenciamento. “Importante frisar que todos os cadastrados passarão por análise criteriosa, com confronto de dados, incluindo composição familiar original antes da tragédia”, pontua o secretário.
CRAS em funcionamento:
• Centro – Av. Dom Pedro I, 340 – 7h às 20h
• Alto Independência –Rua José Lino Pai, ao lado da UBS – 9h às 17h
• Quitandinha – Avenida Ayrton Senna, próximo ao 545 (pórtico) – 9h às 17h
• Carangola – Rua Waldemar Vieira Afonso, 19 – 9h às 17h
• Corrêas – Rua Vigário Corrêa, 443 – 9h às 17h
• Itaipava – Estrada União e Indústria, 11.860 – 9h às 17h
• Madame Machado – Rua Geraldo Lourenço Dias, s/n – 9h às 17h
• Posse – Estrada União e Indústria, ao lado do Ciep – 9h às 17h