Greve de funcionários de terceirizada fecha o posto do Detran no Alto da Serra
Greve de funcionários da empresa Patrol, que presta serviços ao Detran, parou ontem os atendimentos no posto de vistoria do Alto da Serra. Eles reivindicam o pagamento de salários atrasados – o pagamento de setembro ainda não foi depositado – e liberação do vale-transporte e do vale alimentação. A paralisação afeta também parte do serviço do posto de habilitação no Centro da cidade, que tem a operação restrita.
Quem estava agendado para fazer a vistoria acabou dando de cara com o portão fechado. “Esse Estado é uma vergonha. Não paga o aposentado. Não paga o funcionário e agora nem mesmo a empresa que é contratada para fazer um serviço, que não precisava nem ser terceirizado. A terceirização é para facilitar ou para você virar um inadimplente e jogar a culpa no outro?”, questionou o comerciante César Gomes Martins.
Quem já agendou vistoria e não conseguiu realizar por conta da greve terá cinco dias úteis após a volta às atividades para comparecer ao posto e licenciar o veículo. “Você volta até cinco dias depois, tudo bem. Mas aí quando chega aqui tem gente de todos esses dias agendados que tentam fazer vistoria num dia só. E aí é aquela novela, com longas filas e muita demora no atendimento”, completou Cesar.
O Detran informou que, para minimizar esse impacto, fará mutirões do projeto Detran Presente no Rio, Resende, Barra Mansa, Três Rios e Volta Redonda. Como Petrópolis já contou com três edições do projeto, não há previsão para que o mutirão aconteça na cidade. Com relação ao pagamento, o Detran disse que o problema já está sendo resolvido. A Tribuna tentou contato com a empresa responsável pelo pagamento dos funcionários mas não obteve resposta.
Alternativas são distantes
Sem o posto do Alto da Serra e sem o novo posto que seria construído em Itaipava, a alternativa é recorrer a cidades como Três Rios e Teresópolis, ambas a mais de 50 km de distância do Centro da cidade. “São mais de 100 quilômetros, incluindo ida e volta. Além do custo de mais de R$ 50 de gasolina, você ainda tem a perda de tempo, perda do dia de trabalho e outros danos. Então é um conjunto de problemas, tudo isso provocado pelo próprio Estado”, concluiu o comerciante.