• Moro elogia Mourão e disputa Republicanos com Bolsonaro

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  • 25/02/2022 10:06
    Por Redação / Estadão

    O pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) fez questão de parabenizar o vice-presidente Hamilton Mourão pelo anúncio de sua filiação ao Republicanos. Em publicação na noite desta quinta-feira, 24, nas redes sociais, o presidenciável descreveu o general como “uma voz sensata na República” e aproveitou para fazer um aceno ao presidente da legenda, Marcos Pereira.

    O ato de filiação de Mourão, que atualmente é o principal quadro do PRTB, está marcado para 16 de março. Representando o novo partido, o vice-presidente deve concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul, embora também já tenha cogitado disputar o governo do Estado. Na semana passada, Mourão disse que estava “praticamente” decidido a deixar o PRTB para se filiar à legenda de Pereira.

    O elogio de Moro a Mourão ocorreu horas após o vice-presidente ser desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma live. Mais cedo, na quinta-feira, Mourão havia dito que o Brasil respeita a soberania da Ucrânia. “Quem fala dessa questão chama-se Jair Messias Bolsonaro. Mais ninguém fala. Quem está falando, está dando peruada naquilo que não lhe compete”, criticou o chefe do Executivo, sem citar o vice.

    Integrante do Centrão e da base aliada do governo no Congresso, o Republicanos tem se afastado do presidente e estuda anunciar neutralidade na eleição para o Palácio do Planalto. Diante desse cenário, Moro vê espaço para tentar estreitar sua relação com o partido, que é ligado à igreja Universal.

    Na quarta-feira, 23, Marcos Pereira criticou Bolsonaro e disse que o mandatário, até agora, “só atrapalhou” o crescimento do partido. “Está caminhando bem a vinda de novos parlamentares, acho que vai ser bom. A gente vai sair um pouco maior do que é, sem a ajuda do presidente, pelo menos por enquanto, porque até agora ele só atrapalhou”, disse o deputado a jornalistas, ao ser questionado sobre as negociações para filiação de novos parlamentares à legenda.

    A relação da bancada evangélica como um todo com o chefe do Executivo está estremecida por causa da aprovação da legalização dos jogos de azar. Deputados que compõem a Frente Parlamentar Evangélica se sentiram abandonados e até mesmo traídos pelo Palácio do Planalto.

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