• Castro pode ampliar linha de crédito de R$ 200 milhões para empresas da cidade

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  • 23/02/2022 08:30
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    O governo do Estado anunciou nesta terça-feira (22) para uma plateia de 150 empresários reunidos no Teatro Santa Cecília algumas medidas fiscais para socorro da economia de Petrópolis que, numa primeira apuração da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) perdeu com a tragédia das chuvas 2% do seu PIB, cerca de R$ 665 milhões. Representando o governador Claudio Castro, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah, anunciou que a linha de crédito de R$ 200 milhões, já aberta pela Agência de Fomento do Estado – AgeRio, pode receber mais recursos se as empresas petropolitanas demandarem. “O governador garante recursos sem limite até que todos sejam atendidos”, afirmou.

    A reunião contou com entidades comerciais da cidade como a CDL- Petrópolis e a Fecomércio. O prefeito Rubens Bomtempo abriu as falas com uma explanação sobre ações da prefeitura de socorro imediato às vítimas e providências para restabelecimento da normalidade. Já o secretário de Fazenda, Paulo Roberto Patuléa anunciou que a prefeitura levanta por meio de pesquisa os principais anseios do empresariado. Claudio Mohammad, presidente da CDL, anfitrião do evento, ressaltou a facilidade de diálogo com os governos.

    “Todos nós, cidadãos fluminenses, estamos sofrendo muito com a perda das vidas a busca dos desaparecidos. Mas uma das formas de ajudar é apoiar as empresas para a continuidade da economia de uma cidade, para que possamos superar”, afirmou Vinicius Farah, acrescentando que todo o governo estadual está voltado para Petrópolis. “Todas as pastas têm essa missão e enquanto não alcançarmos um ponto de equilíbrio para Petrópolis, não vamos parar”, afirma Vinicius Farah.

    Farah listou as medidas já em vigor para atendimento das empresas da cidade, iniciando pelo financiamento via Age-Rio e ainda possibilidade de compras para reequipar lojas com isenção de ICMS, aumento do prazo de ICMS apurado  por 180 dias, estorno do ICMS de mercadorias perdidas na enchente e prorrogação do prazo de obrigações acessórias incluído o Declan, além da já anunciada prorrogação de pagamento das duas parcelas restantes do IPVA para o segundo semestre.

    Nelson Rocha, secretário estadual de Fazenda, frisou o esforço de levar ao governo federal os pleitos dos empresários. “Com algumas poucas horas o ministro da Economia, Paulo Guedes, dilatou prazos de tributos federais como os apurados no Simples Nacional. Algumas das mudanças estaduais dependem, além de leis no parlamento do estado de aceite do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e 100% dos secretários concordaram com tudo e se solidarizaram com Petrópolis. A cidade realmente está no coração de cada brasileiro”, contou.

    A Age-Rio mantém dois pontos de atendimento para os empresários: na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Petrópolis e no Palácio Quitandinha. O horário de atendimento nos dois locais é das 9h30 às 17h.

    “O Estado só vai sair de Petrópolis quando todos tiverem sido atendidos, da carrocinha de cachorro quente a uma empresa de maior porte que precise de um grande volume de crédito”, garantiu Vinicius Farah. A ordem do governador é abrir mais crédito se for necessário. “Não há um limite”, completou.

    Paulo Roberto Patuléa, secretário local da Fazenda, disse que o município, também está fazendo seu ‘dever de casa’. Governos federal e estadual já sinalizaram com medidas e também estamos aplicando uma pesquisa entre as empresas para anunciar benefícios”, afirmou, citando o IPTU e o ISS que são recolhidos pela prefeitura. “Todos estamos com sonhos machucados e a situação é dramática”, afirmou.

    Também estiveram presentes o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Marcelo Soares; Paulo Lacerda, assessor da presidência da Jucerja e Samir Nehme, presidente do Conselho Regional de Contabilidade,

    Empresários cobram mais acesso ao crédito e plano de empregabilidade

    Arnaldo de França e Silva Junior, da loja Super Sports comércio existente há 65 anos fez um apelo aos presentes “Que não sejamos esquecidos. Ele também pediu ajuda para lojas que estavam inativas, mas que também sofreram prejuízos e cujos donos não têm como arcar.

    Já Fabiana Mendes que abriu uma loja há pouco mais de um ano na Rua Teresa pediu menos exigências para a cessão do crédito via Age-Rio que cumpre a legislação que exige dois anos de atividade para análise de volume de financiamento. “ Não tenho como comprovar porque comece agora e muitos estão na mesma situação que eu”.

    Léo Ventura, do Café Carioca, que funciona na Irmãos D’Ângelo sugeriu um plano de empregabilidade já que os financiamentos têm prazos de 45 dias para serem concedidos. Ele também falou da importância de prioridade para os lojistas atingidos diretamente. “Ainda que influencie em toda a cidade há empresas mais afetadas”;

    Bomtempo faz desabafo e anuncia ‘rearranjo urbanístico’ no Alto da Serra

    O prefeito Rubens Bomtempo usou a abertura do encontro do governo do Estado, com 200 empresários da cidade, terça à tarde no Teatro Santa Cecília para fazer um desabafo. Bomtempo falou sobre “expulsão de voluntários”, o entrosamento com equipes estaduais de socorro e serviços e organização dos pontos de apoio, temas que ocuparam as redes sociais nos últimos dias. O prefeito pontuou cada assunto dizendo que era preciso esclarecer as medidas tomadas e combater as fake news.

    Antes de deixar o evento, no entanto, Bomtempo fez um anúncio para empresários e população do Alto da Serra. “Vamos fazer um rearranjo urbanístico no epicentro do acontecimento no Alto da Serra, falar com proprietário de imóveis e lojistas e ver quais as áreas podemos fazer uma reurbanização”, apontou.

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