• Profissionais da Saúde protestam contra medidas adotadas pela Prefeitura

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  • 10/10/2017 16:15

    Cerca de 50 profissionais da área da saúde protestaram nesta manhã (10), contra as medidas adotadas pela Prefeitura, que cortou o pagamento das férias, alterou a carga horária e ainda não pagou o reajuste salarial dos servidores. Os trabalhadores se reuniram em frente ao Hospital Municipal Dr. Nelson de Sá Earp (HMNSE) vestidos de preto, com cartazes e narizes de palhaço. Os manifestantes fecharam o trânsito na Rua Paulino Afonso e também fizeram uma passeata até as ruas do Centro.

    "Estão empurrando essas medidas pela nossa goela abaixo. As decisões vem de cima sem que haja qualquer diálogo. Chegamos ao nosso limite, ninguém mais aguenta isso", protestou o auxiliar de serviços internos Alex Sandro Fagundes de Oliveira Silva. 

    De acordo os profissionais, o pagamento das férias foi cortado para todos os servidores da Secretaria de Saúde e a medida foi publicada no Diário Oficial do dia cinco de setembro. "Não temos nem o direito de tirar férias sem receber, até isso nos foi cortado", lamentou Alex Sandro.

    As mudanças na carga horária também foram anunciadas na semana passada. A partir de agora, os profissionais trabalham 24×96, o antigo horário era de 24×72. Para os trabalhadores a mudança ultrapassa as 40 horas semanais que eles devem cumprir. "Tanto a nossa legislação quanto o que foi especificado no concurso, nossa carga horária é de 40 horas semanais. Não houve nenhum tipo de diálogo em relação a essas mudanças. Chegaram para gente e falaram que agora seria assim", disse o auxiliar de enfermagem, João Carlos de Souza.

    A categoria também reivindica o reajuste salarial de 6,2% – referente ao ano passado – que deveria ter sido pago em janeiro e foi suspenso pela Prefeitura. Eles também pedem aumento de salário para este ano, que ainda não foi concedido pelo município. "Queremos sentar e negociar. Queremos diálogo. As medidas não podem ser impostas pois mexe com a vida de muitas pessoas", concluiu João Carlos.

    Em nota, a Prefeitura informou que "está enfrentando um momento de crise financeira, e adotou desde o início do ano medidas de austeridade, com o objetivo de equilibrar as contas e garantir a prestação de serviços à população e o pagamento de salário dos servidores. Em relação a reivindicação da escala de um dia de trabalho por quatro de folga (24 por 96), não há previsão legal no município com relação à carga horária sugerida. A prefeitura está cumprindo a carga horária preconizada no estatuto dos servidores de 24h por 72h –  artigo 21 do estatuto dos servidores, que é regulamentado pela Lei 6.946 de 4 de abril de 2012".



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