PF investiga criminosos que se passavam por delegados, auditores e procuradores
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (3) a segunda fase da Operação Investidura, que investiga criminosos que se passavam por delegados federais, auditores fiscais e procuradores da República e pediam doações de empresários para publicações ligadas a essas categorias. O golpe chegou a render R$ 1 milhão à quadrilha.
Para aplicar o golpe, os criminosos usavam nomes como Hélio Bitencourt, Humberto Lacerda, Alberto Cury e Guilherme Araújo Hoffmann. Alguns empresários, vítimas do crime, confirmaram ter recebido insistentes ligações telefônicas de um suposto delegado federal para que contribuíssem com uma revista chamada O Federal em Atividade.
A investigação originária, deflagrada pela PF em 2015, já havia identificado o golpe. O principal articulador do esquema, à época, foi preso, processado e condenado a oito anos de prisão. No entanto, o grupo criminoso se restruturou e continuou com o mesmo tipo de ação: solicitação de valores para publicação de revistas vinculadas à Receita Federal, ao MPF e à Polícia Federal.
Os investigados tiveram todos os bens bloqueados e vão responder pelos crimes de estelionato, falsa identidade e uso indevido de sinal público. Hoje foram cumpridos um mandado de condução coercitiva e um de busca e apreensão.