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  • 27/09/2017 08:09

    O escritor Ângelo Romero, a quem muito apreciamos, assim como a tantos outros que nos brindam com crônicas publicadas neste jornal, acabou por nos inspirar na elaboração destas modestas linhas.

    Aliás, fomos buscá-la, em verdade, em Abelardo Romero e, via de consequência, no seu também ilustre filho, Ângelo, através da publicação por parte do último intitulada “Carlito’s News, para nosso deleite e dos numerosos leitores.

    Aliás, é nosso hábito, vez por outra, buscar inspiração no poeta Guedes Vaz, com o fito de escrever Crônicas que fazemos publicar nesta Tribuna. 

    Assim é que, na edição de nº 115, ao focalizar matéria publicada pelo pai, diga-se de passagem, nunca esquecido, Ângelo inicia intitulando-a: “Ontem e hoje (63 anos e o Brasil, em termos morais, não mudou nada)”.

    E aduz: “Esta crônica foi publicada em 20/06/52 no antigo jornal “Diário da Noite” do Rio de Janeiro.

    Na verdade, ao que tudo leva a crer, pelo que vimos acompanhando por intermédio da imprensa e da mídia em geral, resta-nos, com tristeza, concordar com o brilhante Abelardo Romero, por ocasião do comentário que fez proceder, nos idos de 1952, como adiante se passa a descrever: “Foi assim, segundo um gaúcho recém chegado de Porto Alegre, que se deu a dispensa do Dr. Gabriel Moacir:

     – Pouco antes de voar para o sul – é o gaúcho quem o diz ao Dr. Frota Aguiar, que por sua vez no-lo diz – foi despedir-se do Getúlio, no Catete, o presidente do I.A.P.I. Bem acolhido pelo presidente, fez-lhe sentir, então, o seu constrangimento em face de boatos sobre a sua dispensa do Instituto. – Ora, dr. Moacir!… – sorria o presidente, tranquilizando o ex-futuro candidato a prefeito pelo PSP… – são boatos… E pediu-lhe que, ao passar pela rua Direita, em Porto Alegre, entrasse na Livraria Globo.

    – Ao chegar a Porto Alegre – é ainda o gaúcho quem diz ao Dr. Frota e este no-lo repete – o dr. Moacir entra na Globo, onde encontra jornais frescos do Rio. Curioso, como todo político, abre uma das folhas e lá encontra, com o devido destaque, a notícia de sua demissão”. De fato, o país, pleno século vinte e um, nada mudou e a política, menos ainda e parece, até, que Abelardo Romero esteja vivo!. 

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