• Hábitos da vida moderna podem afetar a fertilidade

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  • 24/09/2017 09:00

    Cada vez mais as mulheres se desdobram para cumprir as tarefas diárias: hoje, elas trabalham, têm papel importante nos cuidados da casa e da família e convivem, como a maioria das pessoas, com os efeitos da vida moderna. O que a maioria delas não sabe é que hábitos e comportamentos comuns hoje podem minar o sonho da maternidade. Isso porque o estilo de vida atual pode trazer sérias consequências para a saúde do sistema reprodutor. O médico ginecologista, obstetra e cirurgião ginecológico, Edvaldo Cavalcante, listou os quatro principais fatores de risco para a fertilidade feminina.


     Estresse 

    Um estudo feito pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que mulheres com altos níveis da enzima alfa-amilase (indicador biológico do estresse) têm 29% menos de chance de engravidar a cada mês, quando comparadas a mulheres com baixas taxas da substância. Além disso, as mais estressadas estão duas vezes mais perto de terem o diagnóstico de infertilidade (um ano de tentativas sem sucesso para engravidar) do que as menos estressadas. 


    Obesidade e dieta rica em gordura 

    Um estudo recente mostrou que tanto a obesidade, quanto a ingestão excessiva de gordura, levam ao descontrole do ciclo ovulatório. Esses dois fatores podem alterar a função reprodutiva feminina e a presença de gordura no nas células reprodutivas podem prejudicar a qualidade dos óvulos. 


     Sexo sem proteção 

    Uma pesquisa feita pela Gentis Panel no fim de 2016 revelou que 51% dos brasileiros sexualmente ativos não usam preservativo, o que aumenta significativamente o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, que podem afetar a fertilidade feminina. Estima-se que 70% das infecções genitais causadas por clamídia, gonococo, mycroplasma e ureroplasma (agentes responsáveis pela moléstia inflamatória pélvica – MIPA) são assintomáticas. Essas infecções podem levar à obstrução das tubas uterinas e abcessos tubovarianos.

     Quando não tratada, a MIPA pode levar à infertilidade em 20% dos casos e em 50% das mulheres que apresentam três ou mais episódios de infecção. Vale lembrar que também há aumento do risco de gravidez ectópica. Importante frisar que ter relação sem preservativo com múltiplos parceiros é fator de risco para contrair DST.


     Adiar a gravidez 

    A maternidade tardia já é uma realidade no mundo moderno, mas a fertilidade feminina diminui naturalmente na medida em que a idade aumenta. A partir dos 35 anos, há diminuição da reserva de óvulos, assim como queda da qualidade dos mesmos e maiores riscos de alterações cromossômicas, má formação fetal e aborto espontâneo.   


    Cuide da sua fertilidade natural

    Felizmente, estes fatores de risco para a infertilidade podem ser prevenidos. “A mulher que deseja ser mãe precisa adotar hábitos saudáveis desde o início da sua vida fértil, mesmo que a maternidade seja tardia. Quanto mais saudável ela estiver, maiores as chances de engravidar naturalmente”, explica Dr. Edvaldo.

     “Adotar uma alimentação saudável, manter o peso, praticar atividade física, não fumar, beber com moderação, assim como realizar os exames preventivos periódicos e gerenciar o estresse são atitudes fundamentais. Além disso, é preciso praticar o sexo seguro, sempre com preservativo e ficar atenta ao número de parceiros sexuais”, finaliza o médico.



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