Notícias do Corpo: Terapias regenerativas
No artigo anterior expliquei, à luz da ciência e nomenclatura correta, o que significa atividade regenerativa cujo objetivo é recuperar o atleta o mais rápido possível para o próximo treinamento. Entre as técnicas de recuperação as mais usadas são:
MASSAGEM TERAPÊUTICA – Manipulação dos tecidos moles do corpo. Facilita a remoção do lixo metabólico residual. Tem efeito mecânico, psicológico e reflexivo promovendo dilatação dos vasos sanguíneos e oxigenação dos tecidos. Mais sangue, mais oxigênio. Claro, depende muito da experiência do massoterapeuta para não danificar estruturas musculares já castigadas com o treinamento. O toque manual certo promove aumento do retorno venoso e diminui os marcadores infamatórios.
TERAPIA COM CALOR – O principal objetivo é a vasodilatação dos tecidos. Pode-se usar caso a caso calor local com bolsas de água quente até calor profundo com ultrassom. Dependendo da intensidade da dor ou lesão deve ser decidido pelo Fisioterapeuta ou médico do esporte. Nunca aleatoriamente por leigos ou “achistas”.
CRIOTERAPIA – Terapia de resfriamento local de músculos e articulações. Pode ser feito com cubos de gelo, banhos gelados, bolsa de gel, ou massagem com gelo. É quase sempre a primeira providência na presença de dor aguda após treinos de alta intensidade. Qualquer exigência a mais da musculatura, os micro traumatismos das fibras musculares vêm acompanhados de derramamento de líquidos entre as fibras, uma reação normal de defesa do organismo. O gelo além de aliviar a dor e os espasmos musculares provoca uma diminuição na concentração desses líquidos inflamatórios no processo conhecido por vasoconstricção. Estudos apontam que reduzem o nível de creatinase após treinos de alta intensidade evitando danos musculares.Yanagisawa et al. (2003).
Em competições feitas por baterias eliminatórias no mesmo dia, como por exemplo os 100, 200 e 400 metros rasos e as provas longas de revezamento, após cada etapa os corredores mergulham as pernas em barril cheio de água gelada a fim de evitar dor muscular que possam prejudicar a bateria seguinte. Deve-se ter bom senso na aplicação. Nem muito, nem tão pouco. Em torno de 15 a 20 minutos intercalados com sem frio. Sobre alongamentos vou falar em breve.
Literatura Sugerida: Pastre, Carlos Marcelo et al. Métodos de recuperação pós-exercício: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2009, v. 15, n. 2