• Comissão é solidária à Comunidade Borges

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  • 12/09/2017 11:40

    A Comissão das Vítimas das Tragédias da Região Serrana, integrada por representantes dos municípios de Areal, São José do Vale do Rio Preto, Teresópolis e Petrópolis demonstrou preocupação com relação às famílias que vivem ilhadas na comunidade do Borges, no Vale do Cuiabá. O local, devastado pela tragédia de 2011, até hoje não foi reerguido porque está imerso numa área de alto risco de desastre natural.

    Conforme publicado pela Tribuna na edição do último domingo, os moradores do Borges não pensam em deixar o local porque a maioria trabalha em sítios, fazendas e haras situados nas proximidades. Mas, a área apresenta riscos e não conta com estrutura como pontes, estrada pavimentada ou transporte público. A preocupação da comissão é com o destino dessas famílias, que, se saírem de lá, podem ficar desempregadas. 

    “Estou acompanhando a situação daquela comunidade. Inclusive, estive lá pessoalmente, na semana passada e já estou solicitando ao Inea e a outros órgãos da Prefeitura, informações sobre a condição daquelas famílias e quais providências estão sendo tomadas, para dar o mínimo de dignidade para cada uma daquelas pessoas” disse o vereador de Petrópolis, Leandro Azevedo, presidente da comissão.

    O vereador esteve na comunidade e demonstrou interesse sem exigir assistência aos habitantes da região, mesmo que o local esteja condenado. “De qualquer forma, é fato que elas foram, literalmente, esquecidas e precisam da atenção do poder público, independentemente das circunstâncias e motivos pelos quais permaneceram ali, desde 2011. São 15 famílias que vivem em situação precária, com dificuldades de acesso e com quase nenhuma iluminação”, disse. Leandro preside também a Comissão de Esportes, Lazer e Direitos Humanos da Câmara Municipal.

    O Movimento pelo Aluguel Social e Moradia de Petrópolis também demonstrou preocupação com as famílias. Claudia Renata Ramos, líder da organização, destacou a importância da assistência aos residentes nas áreas de risco. “O local é vulnerável a esse tipo de desastre e eles precisam de assistência. Foram quatro casas arrastadas, uma pessoa morreu e eles não estão sendo assistidos do jeito que é para ser. Algumas pessoas receberam aluguel social por um tempo mas foram cortadas porque não saíram das casas.

    Eles não têm condições de sair de lá, mas também não têm condições estruturais de viver sem ônibus, estrada e atenção o suficiente”, contou. A comunidade do Borges fica no Vale do Cuiabá, área onde dezenas de pessoas morreram ou desapareceram. Somente lá, pelo menos 11 casas foram soterradas, destruídas ou transformadas em ruínas pela força da enxurrada que assolou parte da Região Serrana em janeiro de 2011.






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