• Petrópolis tem mais de 500 famílias em extrema pobreza que não recebem nenhum tipo de benefício

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  • 06/01/2022 15:37
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    Um levantamento feito pela Prefeitura com base nos dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do Governo Federal, mostra que Petrópolis tem 2.410 famílias em situação de extrema pobreza, destas, 535 não recebiam nenhum tipo de benefício do poder público, até o ano passado. São famílias que têm renda per capita de até R$ 100. 

    A pandemia agravou o quadro de pobreza do grupo mais vulnerável. Segundo a Prefeitura, a demanda por serviços de assistência e saúde está muito grande no município, principalmente com o fim de alguns benefícios, como o auxílio emergencial, que impactou fortemente a economia. 

    O Governo Federal considera a situação de extrema pobreza as famílias que têm renda mensal de até R$ 100 por membro. Enquanto as famílias que têm renda de até R$ 200 são consideradas em condição de pobreza. 

    Nesta quarta-feira(05), as Secretarias de Assistência Social e Saúde informaram que vão iniciar um trabalho de busca ativa e atendimento à essa população. A Superintendente de Atenção à Família, Claudia Respeita, disse que a Assistência Social está trabalhando desde o ano passado na questão da extrema pobreza, por conta da pandemia.

    “Fazemos um trabalho com a Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação e de Assistência Social. Como no momento a Educação está em férias, estamos realizando esta reunião para saber como estão os trabalhos, identificar as famílias que estão em situação de extrema pobreza”, declarou. 

    A Diretora da Atenção Básica em Saúde, Luana Mello, que é responsável pelos 47 postos de saúde da família e das nove Unidades Básicas de Saúde, explicou que os agentes comunitários de saúde estão fazendo um trabalho de busca ativa, com a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF). “Essa busca consiste em identificar famílias que estão em situação de extrema vulnerabilidade social, de extrema pobreza e no intuito de inserir essas famílias em programas sociais que temos em Petrópolis”, afirmou.

    A Assistente Social, Denize Militão, falou sobre como é feita a busca ativa. “Estamos fazendo esse trabalho intersetorial, algumas famílias estão sendo chamadas nos equipamentos, para passarem novamente pelos atendimentos. Elas são famílias identificadas como de extrema pobreza e estão passando por todos os cuidados de todas as secretarias. Estamos diagnosticando quem é, de fato, que está nesta condição ou se o quadro mudou. Se a pessoa conseguiu um emprego, uma renda, se morreu. Assim atualizamos o cadastro direcionando para o benefício correto, caso haja necessidade: Cartão Imperial, cesta básica, encaminhamento para a rede ou encaminhamento de emprego”, disse. 

    Estiveram presentes assistentes sociais, nutricionistas e psicólogas dos Centros de Referência de Assistência Social, além dos profissionais da saúde ligados ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Centro de Saúde. 

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