Repactuação de dívidas soma 18,7 milhões de contratos na pandemia, diz Febraban
A renegociação de dívidas bancárias no período da pandemia alcançou 18,7 milhões de contratos repactuados, num total de R$ 1,1 trilhão de saldo devedor renegociado, informou nesta quarta-feira, 5, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a entidade, a renegociação foi acelerada com o Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, realizado em novembro.
A mobilização da entidade e seus bancos associados com Banco Central, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons propiciou a repactuação de mais de 1,7 milhão de contratos em novembro, aumento médio de 36,7% na procura por negociações comparado ao mês anterior. No mutirão anterior, realizado em 2019, 820 mil consumidores renegociaram suas dívidas.
Para a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Domingues, o mutirão alcançou um “sucesso extraordinário”. “Vemos mais efetividade com a Lei do Superendividamento que trouxe clareza nas etapas de renegociação e a plataforma ConsumidorGovBR se consolida como um instrumento fundamental, tanto por ter centenas de fornecedores cadastrados, mas também por manter 80% da resolução das demandas negociadas”, disse ela por meio de nota distribuída pela Febraban.
A entidade bancária ressaltou o papel da orientação financeira, conjugado à negociação, na mesma iniciativa. Foi aberta uma página eletrônica exclusiva com o objetivo de auxiliar os devedores a se preparar para a negociação em si, com informações sobre como descobrir quais são suas dívidas e indicações sobre quando vale a pena participar do mutirão ou quanto do orçamento pode ser destinado ao pagamento de dívidas.
A página também deu acesso à nova plataforma de educação financeira “Meu Bolso em Dia”, lançada em 2021 pela Febraban.
“Em novembro também tivemos o papel importante de levar orientação financeira ao consumidor, que é fundamental para que ele evite o endividamento de risco, tenha mais informações sobre produtos e serviços bancários e melhore sua saúde financeira”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.