• Após um longo ano de transtornos, Caixa afirma que obras no Conjunto Vicenzo Rivetti devem ser iniciadas em janeiro

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  • 29/12/2021 18:16
    Por Vinícius Ferreira

    Um ano depois de dar início à entrega das chaves das primeiras unidades do Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti, no bairro Carangola, a Caixa Econômica Federal – CEF confirmou que o processo de licitação para reforma da área externa das unidades residenciais foi concluído e as obras devem ser iniciadas em janeiro.  Segundo a Caixa, também está em andamento o processo licitatório para a reforma nas áreas internas do empreendimento, neste, a previsão de contratação é até fevereiro do ano que vem.

    A reportagem voltou a ouvir os moradores, que informaram que ajudaram os engenheiros contratados pela Caixa para fazer o levantamento dos problemas nas unidades. “Eu mesma fiz, direto com os moradores, uma lista de relatos de problemas nas unidades e passei para o engenheiro, que estava responsável pela parte interna das unidades. E ele fez algumas visitas (aos apartamentos)”, relatou Fabiana Maia, síndica do Condomínio 2.

    Ela conta ainda que as unidades apresentaram problemas desde a entrega dos apartamentos. “(Logo no início) Foi quando o cano rompeu na parede (de uma das unidades) e alagou um subsolo . Foi um horror”, diz a síndica, que informa ainda que teve dificuldade de comunicar os problemas através dos canais de atendimento da CEF. “Vários moradores tentaram e não conseguiram falar por esses canais. Eu mesma (tentei), para relatar os problemas das áreas comuns e não consegui”.

    Os moradores encontraram problemas na parte elétrica e hidráulica. (Foto: Divulgação)

    Vazamento de esgoto, rachaduras e buracos nas paredes

    O que Fabiana e os demais moradores tentaram informar eram os problemas estruturais nas unidades, como vazamentos de esgoto, infiltrações, rachaduras em paredes e buracos nos apartamentos. O que era para ser a solução após décadas de espera por uma moradia própria, se tornou uma dor de cabeça para os novos moradores do conjunto habitacional. Eles precisaram se unir para acabar com um vazamento de esgoto nos corredores do prédio e até dentro dos apartamentos. “Nós tentamos consertar alguns desses vazamentos, mas não tínhamos condições financeiras”, conta a síndica. Alguns moradores chegaram a perder móveis, que foram atingidos pela água de esgoto.

    Moradores denunciam problemas na área interna e externa dos condomínios. (Foto: Divulgação)

    Em agosto, o rompimento de uma tubulação de abastecimento de água alagou dois pavimentos do condomínio 1. Foram pelo menos dois apartamentos prejudicados. Os moradores tiveram que fazer buracos nas paredes para o escoamento da água. Apesar do susto, de acordo com a vistoria do engenheiro da Secretaria de Obras da Prefeitura, não houve dano estrutural ou risco ao empreendimento. Equipes da Defesa Civil e da Assistência Social também estiveram no local. Os dois blocos tiveram a energia elétrica interrompida e os moradores foram aconselhados a passar a noite em um dos pontos de apoio da Prefeitura ou casa de familiares.

    O Conjunto habitacional é formado por 776 apartamentos divididos em três condomínios. As obras começaram em 2013 e a entrega final aos beneficiários foi concluída no segundo semestre de 2020. Os apartamentos têm dois quartos, sala, cozinha/área de serviços e banheiro. Moram no local cerca de 3 mil pessoas. 

    À espera de solução

    Após o rompimento da tubulação em agosto, em resposta à Tribuna, a Caixa informou que a AB Empreendimentos Ltda, responsável pela construção do condomínio, “deixou de atender às demandas realizadas pelos beneficiários através do Programa De Olho na Qualidade, motivo pelo qual ela e seus sócios estão impedidos de operar em novas operações com o Banco. E que, diante disso, “houve rescisão contratual e a CAIXA iniciou processo licitatório”, “à luz das regras do Programa, para efetuar os reparos necessários”.

    Segundo a síndica do Condomínio 2, a Caixa antecipou aos moradores algumas das intervenções que serão realizadas em janeiro. “Eles vão fazer as reformas nas caixas d’água dos condomínios, bombas, vazamentos de esgoto, toda a parte estrutural e elétrica”, disse a síndica.

    Nesta semana, a Tribuna de Petrópolis questionou a CEF sobre os valores, intervenções previstas e o prazo de execução das reformas, o que não foi informado. Os Residenciais Vicenzo Rivetti 1, 2 e 3, foram contratados em 2013, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida – Faixa I – Recursos FAR (Fundo de Arrendamento Residencial). Na nota, a Caixa apenas esclarece que “o processo licitatório para os serviços nas áreas comuns foi  concluído e há previsão de início das atividades em janeiro de 2022”. E que, “quanto às obras nas áreas internas, trata-se de outro processo de licitação em andamento, com previsão de contratação até fevereiro de 2022″.

    *Matéria atualizada em 30/12/2021 para correção de informações.

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