Um tratamento inédito na Região Serrana pode auxiliar às pessoas que sofrem com olho seco. Considerado uma espécie de “spa” para quem sofre do problema, o chamado iLUX tem ação direta sobre as pálpebras, melhorando o olho seco por agir nas glândulas atingidas por entupimento e inflamação.
O tratamento tem a duração de 8 a 12 minutos e apresenta resultados imediatos após a realização. O protocolo é personalizado e adequado para cada paciente, com visualização direta das glândulas que são atingidas pela doença, ao longo do procedimento.
“Esse equipamento é uma grande arma no arsenal de tratamento para o olho seco. O iLux ajuda muito a amenizar os sintomas. Como se trata de uma condição crônica, é necessário manter o acompanhamento com o oftalmologista, que poderá propor outras medidas adicionais para controlar a doença”, explica a oftalmologista Ana Luísa Aleixo.
De acordo com dados da Associação dos Portadores do Olho Seco, a síndrome é um problema que atinge cerca de 337 milhões de pessoas no mundo e 18 milhões só no Brasil.
“O problema tem várias causas e uma das mais comuns é a Disfunção de Glândulas de Meibomio ou blefarite posterior, que é uma inflamação na borda das pálpebras. Essa inflamação palpebral altera a qualidade da lágrima e gera sintomas de olho seco como vermelhidão, ardência, fotofobia, sensação de areia nos olhos e embaçamento da visão”, detalha Ana Luísa.
A doença tem relação direta com a lágrima. “A lágrima é composta basicamente de muco, água e gordura, a camada de gordura tem a função de diminuir a evaporação. Se houver alguma alteração dessa camada lipídica a evaporação da lágrima ocorre mais rápido do que deveria, surgindo os sintomas de olho seco. As glândulas responsáveis por essa produção de gordura ficam na borda das pálpebras e quando estão inflamadas ou entupidas prejudicam muito a estabilidade da lágrima.”, pontua a oftalmologista.
Atualmente, existem opções de tratamento para olho seco que vão além do uso de colírios lubrificantes. Os sintomas de ressecamento ocular podem ser tão intensos que impactam a qualidade de vida e a execução de várias tarefas do dia a dia. O diagnóstico permite a escolha do tratamento mais adequado para cada paciente e é feito principalmente através do exame oftalmológico com microscópio clínico, testes de quantidade e estabilidade da lágrima como ‘Schirmer’, ‘Break up time’ e ‘Meibografia’.