Notícias do Corpo: Musculação: não precisa inventar
Já conversamos diversas vezes sobre musculação e corrida. Duas atividades cercadas de mitos e “achismos”, muitas vezes por conta da própria literatura usar terminologia variadas que no fundo quer dizer a mesma coisa. Ou seja, cada um quer dar nomes diferentes aos mesmos bois. A musculação conta com boas publicações de grandes pesquisadores como Kraemer W.J., Häkkinen K., Fleck S.J. Weineck, Zatsiorsky e muitos outros que falam a mesma linguagem. Uma dúvida comum dentro de sala de musculação é com relação a método visando a “definição muscular”. Nessa linha existem duas correntes que dão o mesmo resultado. Poucas repetições com altas cargas e muitas repetições com baixas cargas. Para início de conversa o que chamam de “definição muscular” se refere ao indivíduo ganhar massa muscular estando com baixo percentual de gordura. Ou seja, estar com os músculos aparecendo com pouca gordura em volta. Aprendam isso de uma vez por todas. Para um grupo muscular hipertrofiar é preciso que seja estimulado à fadiga voluntária. Dessa forma os dois métodos (muito peso pouca repetição ou baixo peso e muita repetição) desde que se atinja a fadiga voluntária dão o mesmo resultado na hipertrofia muscular por estimular a síntese proteica miofribrilar, Loenneke et all. (2012). Gastar a gordura os dois métodos também dão o mesmo resultado por conta do efeito EPOC (do inglês excess post-exercise oxygen consumption) onde o corpo continua gastando calorias e oxigênio depois do exercício para repor a energia gasta com a musculação. O que muda é a modulação nutricional e para isso deve ser consultado um nutricionista habilitado para prescrever a quantidade de micronutrientes adequados para cada fase de treinamento. Tem muita gente “invencionista” colocando “chifres em cabeça de cavalo” nas duas áreas. Educação Física e Nutrição. Musculação não é salada de exercício e não existe treino milagroso. Prof. Moraes
Literatura Sugerida:
1) LOENNEKE, J. P. Skeletal muscle hypertrophy: How important is exercise intensity. J Trainol. (2012). 2) TEIXEIRA, Cauê Vazquez La Scala; MOTOYAMA, Yuri Lopes; GENTIL, Paulo. Musculação: crenças vs. Evidências. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (2015).