• Confusão urbana, sub-humana e rural 2

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 10/08/2017 12:30

    O desanimo acaba por atingir a todos enquanto vítimas de tanta violência, quanta injustiça clamorosa! Ouço gemidos e os lamentos dos inocentes. Por que não reagimos, só as mães e os parentes choram o destino dos seus jovens assassinados, dos velhos desassistidos, das crianças sem esperança. Não vivenciamos segurança social alguma, o futuro é incerto… Se eu fosse poeta diria como Castro Alves: Silêncio Musa! chora e chora tanto. Que o pavilhão se lave no teu pranto.

    Façamos um momento de silêncio pelas vítimas da tragédia brasileira, eis porque estamos reunidos: a repensar nossos valores, nossas prioridades. Vamos acabar com este estado inerte de “ninguém faz nada” por nossos irmãos, ou mesmo por nós mesmos. “A bandeira suja será lavada pelas nossas lágrimas”, elas jorram com decência e profusão pela integridade usurpada. Hoje o povo se acha perplexo e desempoderado, os cidadãos estão alarmados, inertes ou ativos, omissos ou revoltados, desajeitadamente descontentes, envergonhados, rejeitados, equivocados, desanimados ou raivosos, dissimuladamente dominados por instituições retrógradas que perversamente desvirtuadas de suas funções precípuas, tornam-se irresponsáveis e ineficientes, numa sequência ininterrupta de ciclos viciosos que ainda nos surpreendem, insinuantes a agir em cada esquina da nossa história,

    desconstruindo pelo avesso o mais elementar entendimento que havemos de ter sobre um código comum de convivência, tão amorfo está, mal compreendido, mal o reconhecemos e por isso mesmo é desrespeitado por todos nesta babélica bagunça nacional. A tal Educação que procuramos não a sabemos ensinar nem tampouco invocar para que nos venha instruir com conhecimento de causa. Como ensiná-la, divulgá-la ou apoiá-la visto que a princípio não a reconhecemos como regra? Por que não tivemos a coragem nem a determinação inadiável para renovar nossas instituições, a refundá-las e reconstruí-las para o Bem Comum, ideal de toda sociedade próspera porque mais justa e comprometida com o bem-estar de todos? Unamo-nos em torno do ideal comum que se restabeleça urgente, que seja capaz de inaugurar um novo contrato social de convivência civilizada. Vamos nos unir em dizer não a estes políticos desqualificados e corruptos.

    Somos um povo bonito, união de três etnias fortes, no entanto um povo mantido feio e carente, manipulado em sua condição de impotentes vozes abafadas, sem participação nas decisões, estas impostas por governantes e agentes do estado, despreparados e inescrupulosos, um povo em situação de risco permanente tem sido nosso cotidiano. Vamos extirpar este tecido maligno infiltrado em nossa vida pública. Comecemos a partir das próximas eleições votando para o

    bem do Brasil. Temos presenciado o agravamento da crise que vem ameaçando a qualidade de vida de milhões, em meio a esta confusão geral. Não devíamos nos quedar imobilizados a observar o colapso iminente de tudo aquilo pelo qual lutamos há décadas para erigir em nome da democracia, da segurança social e da qualidade de vida que almejamos ter boa e digna.

    Últimas