• Cerejeiras em Petrópolis reforçam laços de amizade entre Brasil e Japão

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  • 06/08/2017 07:00

    Isoladas ou em grupos, simples ou dobradas, brancas ou em tonalidades de rosa. Não importa de que forma tenham sido plantadas ou a que variações pertençam, as cerejeiras serão sempre capazes de atrair e encantar aqueles à sua volta seja por sua beleza, delicadeza ou seu simbolismo. Em Petrópolis, a flor não só torna a cidade ainda mais atraente, como também simboliza a amizade entre o Brasil e o Japão.

    Kiyoshi Ami, presidente da Associação Nikkei de Petrópolis, explica que em 1995 foram enviadas 300 mudas da flor para a cidade por parte do Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro e por outras associações do comitê executivo responsável pelas comemorações dos 100 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre os dois países.

    “As mudas foram plantadas ao redor do Palácio Quitandinha, do Museu Imperial e do Palácio Rio Negro. Petrópolis foi escolhida para receber a homenagem principalmente por ter sido sede da primeira representação diplomática japonesa no país. Mais de 10 anos depois, Petrópolis também foi palco da primeira edição do Festival da Cultura Japonesa Bunka-Sai, criado em 2008 em comemoração aos 100 anos da imigração dos japoneses”, explica Kiyoshi, um dos organizadores do evento.

    De acordo com Michiko Ami, esposa de Kiyoshi, as cerejeiras podem ser comparadas à efemeridade da vida humana e aos samurais, grandes guerreiros japoneses que tinham vidas curtas, mas que viviam o presente sem medo. “No Japão as cerejeiras permanecem floridas por menos de uma semana, o que nos leva a pensar no quão frágil e curta é a vida. Uma das tradições japonesas é o Hanami, ação de contemplar as cerejeiras e que costuma envolver dança, canto e piqueniques feitos em baixo das árvores. Trata-se de uma época de muita alegria”, diz Michiko.

    O espetáculo da natureza que dura no máximo duas semanas no Brasil tem conquistado e atraído não só turistas, mas também petropolitanos e, por essa razão, passará a fazer parte do mapa turístico de Petrópolis: um roteiro será desenvolvido com os principais locais em que as árvores cerejeiras se encontram. Vitor Moreira, biólogo da Secretaria de Meio Ambiente explica o porquê das cerejeiras terem se adaptado tão bem a Petrópolis: “As cerejeiras são de clima temperado, que tem como característica as estações bem definidas. Em Petrópolis elas encontraram maiores altitudes e um período longo de baixas temperaturas. As melhores regiões para sua adaptação são as mais frias, por isso as vemos floridas no 1º Distrito”, revela o biólogo.

    Pessoalmente ou por meio de fotos, a beleza da flor é inquestionável e, pensando nisso, o jornal Tribuna de Petrópolis decidiu dedicar esta semana a elas. Semanalmente são publicadas fotos de leitores dentro de temas que envolvam a Cidade Imperial e, desta vez, foi pedido a eles que enviassem fotos das tão amadas cerejeiras. Entretanto, por termos recebido diversas contribuições, decidimos criar uma galeria em nosso site com algumas das fotos e também dedicar um trecho do jornal impresso a elas. O resultado você confere abaixo.



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