• Petróleo fecha em leve alta, com relatório da Opep e avaliação de perspectivas

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  • 11/11/2021 17:08
    Por Matheus Andrade / Estadão

    Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve alta nesta quinta-feira, em uma sessão volátil, na qual as perspectivas para a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) foram o principal tema para o mercado. O relatório mensal do cartel fez uma leve revisão para baixo em sua previsão para o crescimento na demanda em 2021, enquanto o ministro iraquiano de Energia, Ihsan Abdul Jabbar, disse que a Opep junto a seus aliados está comprometida em manter sua política até o final do ano.

    O barril do petróleo WTI com entrega prevista para dezembro avançou 0,31% (+US$ 0,25) na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 81,59, enquanto o do Brent para janeiro subiu 0,28% (+US$ 0,23) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 82,87.

    A Opep cortou a projeção para o crescimento da demanda por petróleo este ano em 16 mil barris por dia (bpd), a 5,7 milhões de bpd. As revisões foram fruto sobretudo de expectativa menor pelo consumo em China e Índia no terceiro trimestre deste ano.

    A demanda global deve atingir 96,4 milhões de bpd neste ano. Para 2022, a previsão de crescimento foi mantida, a 4,2 milhões de bpd. Seguindo a publicação, de acordo com a Bloomberg, Abdul Jabbar reforçou o comprometimento com o plano de elevar a oferta em 400 mil barris por dia até o fim de 2021, e só reavaliar sua produção a partir do primeiro trimestre de 2022.

    Segundo ele, o cartel está focado em garantir um suprimento estável ao mercado global, e não em uma meta específica para os preços do óleo.

    A Capital Economics duvida que o cartel fará mudanças importantes em sua política de produção na próxima reunião ministerial, em 2 de dezembro. Como resultado, a consultoria espera que a Opep continue sem atingir sua meta de produção nos próximos meses. Isso significa que os sinais de falta de oferta no mercado de petróleo devem continuar nesse período.

    Neste cenário, as atenções se voltam para potenciais ações americanas, como uma possível liberação das reservas especiais do país.

    Além disso, a Rystad Energy cita a discussão em Washington de uma possível proibição temporária das exportações de petróleo bruto dos Estados Unidos, como uma ferramenta para reduzir indiretamente os preços da gasolina na bomba, ainda que a consultoria veja como improvável.

    Uma da razões é que o efeito sobre os preços da gasolina pode ser limitado, uma vez que o combustível não estaria sujeito a proibições comerciais, e os preços continuariam a ser fixados no mercado internacional.

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