• Criança com suspeita de tuberculose aguarda diagnóstico

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  • 06/03/2016 07:00

    Há mais de um mês a família de Giseli Fernandes, 37 anos, sofre com a falta de um diagnóstico exato para uma gripe forte que a filha de sete anos enfrentou. A criança passou por 30 dias intensos de medicação e neste período tomou quatro antibióticos diferentes. inicialmente a meninas estava sendo atendida no hospital Santa Teresa, porém como não apresentava melhoras a mãe resolveu trocar de médico. Foi na Sociedade Médico Hospitalar Beneficência Portuguesa (SMH) que uma pediatra suspeitou de tuberculose.

    No dia 20 de janeiro começou a saga de Giseli pelos hospitais da cidade. Segundo a professora a filha menor recebeu diversos atendimentos no HST, e em um deles mais de sete raio X foram realizados. A mãe contou que após os atendimentos a menina era liberada mesmo que ainda tivesse com febre. “Minha filha estava com febre alta e foi liberada todos os dias que recorri ao local, durante duas semanas. O atendimento pediátrico está muito precário. Cada hora me falavam uma coisa, até sinusite disseram que ela tinha. Ela tem sete anos ficou com febre por oito dias seguidos e tomou quatro antibióticos neste curto período. Pedi para que informassem o que aconteceu e na última semana me ligaram de lá dizendo que eu podeira fazer os exames na menina que comprovariam o contrário”, diz. 

    Após quase duas semanas ela procurou pelo SMH e lá, no primeiro atendimento, a estranheza foi percebida na tosse da menina. De acordo com Giseli a pediatra pediu para que fizessem o contato no caso de qualquer alteração. “A pediatra falou que a tosse estava estranha e logo percebeu que havia algo diferente. Agora ela está sendo acompanhada com um infectologista, mas durante um bom tempo, mesmo com todas as medicações ela não havia melhorado 100%. Ela tá melhor e agora está entrando em um processo de gripe, que eu espero que não seja nenhuma complicação do tratamento. Estamos com o pé atrás e de olho para que ela não tenha uma recaída”, contou Gisele. 

    Apesar da suspeita o caso ainda não foi confirmado e como a menina desenvolveu uma pneumonia no período e exame só poderia ser realizado após o tratamento. Nesta próxima semana a criança e o pai que desenvolveu os mesmos sintomas e foi medicado com os mesmos remédios farão os exames. O marido de Giseli está sendo atendido no Posto de Saúde da Estrada da Saudade, mas também procurou pela UPAs Centro e Cascatinha.  “Meu marido explicou a situação da nossa filha e pedimos o Teste de Suscetibilidade aos Antimicrobianos (TSA), mas os médicos disseram que não havia preocupação e que não é nada demais. Ele já tomou dois antibióticos e ainda está muito abatido, desconfiaram também de difiteria, mas também não fizeram exames. Vamos fazer o exame semana q vem e se der negativo amem se der positivo vamos tomar as medidas cabíveis”, fala. 

    A professora ainda acusa negligência da unidade de saúde que não identificou a doença antes. O HST informou a Tribuna que seguiu rigorosamente os protocolos médicos nos atendimentos prestados à paciente. 

    As informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde apontam que os casos na em Petrópolis diminuíram, assim como, houve intensa redução da mortalidade pela doença e do abandono do tratamento, e aumento do número de pacientes curados. O tratamento assim como o exame é realizado apenas pela rede pública de saúde por meio do Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Os dados do Programa são até o ano de 2013 e comprovam que tanto o abandono do tratamento quando os óbitos diminuíram de 1999 até 2013. 


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