Suspeito de furtar lojas no Centro não tem ligação com assalto à joalheria

Após analisar mais imagens gravadas por câmeras de segurança de um estabelecimento na Travessia Cristal, no Centro, os investigadores da 105ª Delegacia de Polícia (DP) descartaram a possibilidade de que o bandido que invadiu lojas e uma academia na madrugada de ontem (17) seja o mesmo que assaltou a joalheria Ewiglich, na Rua 16 de Março, em maio. A polícia ainda não tem a identificação do invasor, mas os peritos conseguiram marcas de sapatos e impressões digitais nas lojas furtadas.

De acordo com os investigadores, os bandidos que invadiram a joalheria não são de Petrópolis, o que também descartaria a possibilidade de ser a mesma pessoa. Para os comerciantes há semelhanças entre os dois homens. "Nós achamos que eles são bem parecidos. Mas o que importa agora é que ele seja pego, ficou um clima de muita insegurança", disse a gerente da cafeteria Katz, localizada na Travessa Cristal, Lídia Bitencourt.

Os condôminos da galeria irão se reunir esta semana para discutir novas medidas de segurança. O local já conta com sistema de alarme e câmeras de segurança. "Me avisaram de manhã cedo, quando o vigia chegou. Quando cheguei na loja foi uma sensação ruim, de impotência", ressaltou a gerente.

A cafeteria foi um dos três estabelecimentos invadidos na Travessa Cristal. O bandido levou chocolates e ainda comeu algumas tortas. Para entrar no estabelecimento ele quebrou a porta de vidro. Além da Katz, ele invadiu o escritório da galeria, uma loja de roupas onde levou apenas um chinelo e um centro de estética. 

Antes de entrar nos estabelecimentos na galeria o bandido invadiu a academia Proquality. No local ele levou R$ 9 mil, dinheiro que seria usado para o pagamento do aluguel. Ele entrou na academia pelo telhado pelo lado da Rua 16 de Março.

Para o comandante do 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM), coronel Ordelei, a PM vem agindo rapidamente e prendido em flagrante os bandidos que vem praticando furtos. "Na segunda duas pessoas foram presas em flagrante por furto. E no caso da Travessa Cristal, o batalhão já está desenvolvendo ações de inteligência para buscar e capturar os criminosos", destacou.

Os furtos na academia e nos estabelecimentos da galeria Cristal aconteceram dois meses após o roubo na joalheria Eweglich. Três homens invadiram a loja e fizeram a proprietária refém. Na fuga houve troca de tiros nas principais vias do Centro Histórico. Os bandidos ainda não foram presos.