Visagismo e Micropigmentação são tendência no design de sobrancelhas

Em 2016, o mercado de designer de sobrancelhas movimentou mais de R$ 250 milhões no país. Segundo a Euromonitor, de 2015 a 2016, o mercado de roupas e calçados caiu 6,3% no país, enquanto o de beleza cresceu 4,8%, um aumento de US$ 1,3 bilhão. E o que se via muito no exterior, mulheres com maquiagens mais carregadas passou a se tornar corriqueiro no Brasil, onde há poucos anos produtos como cílios postiços e pó bronzeador eram raridades no rosto das brasileiras. O motivo para tamanha mudança pode estar ligado ao uso das redes sociais, que a todo momento mostra fotos e mais fotos perfeitas de artistas e celebridades em geral, sempre devidamente maquiadas. 

Diversas empresas aproveitaram para lançar inúmeros produtos, técnicas e moda que estão tomando conta dos rostos das mulheres. Design, delineadores, micropigmentação, contorno com lápis… Tudo para deixar as feições mais harmônicas. Em Petrópolis a referência no ramo de designer, micropigmentação e visagismo, é Linda Feitoza. Paraibana e nascida em família humilde, começou a trabalhar ainda na adolescência em um salão de beleza. Ela conta que na época o profissional cabeleireiro executava todas as tarefas pertinentes a profissão, desde o corte de cabelo aos variados processos químicos. Mas que aos poucos aprendeu sozinha a fazer a sobrancelha das clientes, e rapidamente se destacou no segmento. 

Mesmo sem técnica aprimorada na época, baseando-se apenas no próprio bom senso, Linda passou a prestar atenção na simetria do rosto das pessoas, e aliar o desejo de cada cliente para que no final o trabalho ficasse harmônico e claro, agradasse as mulheres. Hoje, esse processo se chama visagismo, técnica que a profissional se especializou ao longo dos anos, micropigmentação,  designer de sobrancelhas e depilação com linha, primeiro serviço que Linda Feitoza trouxa para Petrópolis, quando passou a morar na Cidade Imperial.

“Há uns quinze anos, a internet/Google desconhecia essa modalidade, e no Brasil fiquei sabendo de apenas duas profissionais que trabalhavam com essa "novidade" (técnica milenar), então decidi investir. Com a micropigmentação foi a mesma coisa, quando comecei ainda era um nicho discreto e pouco glamouroso. Logo que terminei meu primeiro curso não coloquei em prática de imediato pois não gostava tanto assim dos resultados possíveis de serem alcançados hoje, depois da criação de tantas técnicas. Hoje a micropigmentação é meu carro-chefe e estou fazendo uma pós graduação no segmento para me aprimorar ainda mais”, ressaltou a profissional, que afirma que o setor de estética é uma das áreas que precisa estar sempre sendo estudada.

Aos poucos o negócio cresceu e hoje a profissional não só é uma das mais reconhecidas na área, como tira todo seu sustento trabalhando no mercado de sobrencelhas. “A beleza sempre fez parte de minha vida desde a adolescência. E vivenciei essa realidade de forma contínua e plena. Por isso digo com segurança que amo o que faço. Acho que por isso sempre tive meu trabalho reconhecido, desde quando vivia em uma cidade de apenas 15 mil habitantes, quando atendia desde a prefeita a pessoas comuns”, disse satisfeita.

Além da sala em que atende grande parte das petropolitanas, Linda Feitoza ministra cursos de designer, e pretende ampliar o negócio cada vez mais. Apesar da crise financeira nacional, Linda driblou com beleza, técnica e muita simetria as dificuldades e hoje está firme no mercado. “Meu lema é sempre me profissionalizar e me destacar naquilo que escolhi como profissão. O setor de sobrancelhas cresceu muito e eu soube aproveitar para crescer junto, mas é preciso ter disciplina, força de vontade e também um certo dom artístico para exercer a profissão”, destacou.