• Através da Softys, chilena CMPC adquire brasileira Carta Fabril por R$ 1,138 bi

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  • 30/10/2021 11:30
    Por Matheus Piovesana / Estadão

    A chilena CMPC, dona da Softys Brasil, anunciou na noite de ontem a aquisição da totalidade das ações da fabricante brasileira de papel Carta Fabril por R$ 1,138 bilhão, valor que será pago em dinheiro no fechamento da transação. Com a aquisição, a Sotfys chegará a uma capacidade de produção anual de 380 mil toneladas de papel tissue (sanitário) no País, somadas suas fábricas atuais e as da Carta.

    Sediada no Estado do Rio de Janeiro, a Carta Fabril pertence à família Coutinho, e foi fundada em 1991. Atualmente, tem duas unidades de produção, no Rio e em Goiás, com cerca de 1.700 funcionários. A capacidade instalada do parque fabril da empresa é de 100 mil toneladas anuais de papel tissue, e de nove linhas de cuidados pessoais, que incluem fraldas infantis e adultas, produtos de cuidado feminino e lenços umedecidos.

    O portfólio de marcas da Carta Fabril inclui a linha Cotton, com papel higiênico e lenços úmidos, as linhas de fraldas descartáveis infantis Looping e Looney Tunes e os guardanapos e toalhas de papel Coquetel. Em comunicado à Comisión para el Mercado Financiero chilena (equivalente à CVM brasileira), a CMPC informa que a Carta é líder na venda de tissue na região Sudeste.

    “Caso a transação seja consumada, a Sotfys Brasil consolidaria uma capacidade instalada de produção de 380 mil toneladas anuais de papel tissue, ao somar (às da Carta) suas operações atualmente existentes, localizadas tanto no Estado de São Paulo quanto no Estado do Paraná”, informa a empresa. No País, a Sotfys é dona das marcas Elite, Sublime e Babysec, entre outras.

    A CMPC informa ainda que o fechamento da aquisição está sujeito ao cumprimento de condições precedentes habituais a esse tipo de transação, como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

    A companhia espera que a operação seja concluída em até 150 dias, e afirma que sua “sólida posição financeira” permite pagar o valor acordado aos atuais controladores da Carta Fabril. Ainda de acordo com a CMPC, a aquisição terá efeitos positivos em seus resultados, mas ainda não é possível quantificá-los.

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