Um dos principais pontos turísticos da cidade, Palácio de Cristal completa dois anos fechado

Dois anos. Este é o período que o Palácio de Cristal, um dos principais pontos turísticos da cidade, está fechado para visitação. Em outubro de 2019, uma obra para a reforma de banheiros e melhorias na acessibilidade e na parte elétrica, sem querer, acabou dando origem a um trabalho arqueológico que chegou em sua segunda etapa neste mês. Segundo a prefeitura, não há previsão de reabertura do ponto turístico.

Fotografias do Palácio de Cristal só do lado de fora dos portões. Com a volta gradativa do turismo na cidade, o espaço vem ficando de fora do roteiro de visitação. Além de receber os turistas, o palácio também era utilizado como palco da Bauernfest e do Natal Imperial. Porém, mesmo com a retomada de eventos devido ao avanço da vacinação contra o coronavírus, não existe expectativa do espaço voltar a ser usado para as festas.

A falta de previsão para a reabertura acaba prejudicando o setor. Segundo a guia de turismo Susi Lima Barreto, os turistas ficam decepcionados, mas dizem que querem voltar para entrar no Palácio. “Os buracos abertos nos jardins causa uma má impressão. É muito desconfortante, principalmente porque a gente não tem uma data de reabertura para informar”, contou

A obra de melhorias iniciada em outubro de 2019 foi embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em fevereiro de 2020, já que o Palácio de Cristal é tombado pelo órgão.

Segundo informou a prefeitura, o objetivo desta etapa do trabalho arqueológico busca revelar elementos históricos da praça onde foi construído o palácio e que o prazo de conclusão do trabalho depende do ritmo nas escavações.

Em nota, o município disse, ainda, que no início deste ano, buscou viabilizar a retomada do trabalho de recuperação do Palácio de Cristal, que é um patrimônio não só dos petropolitanos, mas de milhares de pessoas que todos os anos visitam nossa cidade.

O Palácio de Cristal foi inaugurado em 1884 pela princesa Isabel e entre os fatos históricos registrados no local está a entrega feita por ela de 127 cartas de alforria para escravos.