O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) estima que 45% de cadelas e 30% das gatas sejam diagnosticadas com câncer de mama em algum momento da vida. As principais causas apontadas para o problema são fatores genéticos, ambientais e hormonais, como o uso contraindicado de anticoncepcionais para impedir o cio. A alimentação também pode influenciar, já que os efeitos de conservantes e componentes químicos aos quais os humanos estão sujeitos são da mesma forma prejudiciais aos animais.
A médica veterinária Priscila Mesiano, na Clínica Amigo Bicho, explica que os tutores devem ficar atentos aos sintomas que vêm com o aparecimento de nódulos na rede mamária do bichinho. “Recomenda-se que o tutor observe rotineiramente e faça uma massagem na região que pode ser após o banho ou quando o pet estiver de barriguinha pra cima, a fim de encontrar algo que pode ser alteração na cor, lesão ou um carocinho do tamanho de um grão de arroz”, explica.
A melhor maneira de evitar o problema é por meio da castração precoce, quando realizada antes do primeiro cio, reduz em 80% as chances de tumor de mama no futuro. De acordo com Priscila, a castração das cadelas jovens é a coisa mais importante e o tratamento rápido quando se verifica um pequeno nódulo também. “Não se recomenda acompanhar aquele nódulo e sim diagnosticá-lo precocemente e removê-lo o quanto antes, por meio da mastectomia, para que se caminhe em busca da cura”, complementa.
A frequente prática da castração nos países desenvolvidos é inclusive a explicação para a falta de investimento da indústria veterinária em novidades no tratamento para a neoplasia mamária, já que o trabalho de sensibilização para evitar o problema é mais efetivo.