• Vigilância Sanitária interdita clínica dentária

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  • 08/07/2017 08:55

    Uma clínica dentária foi interditada pela Vigilância Sanitária nesta sexta-feira (07) por apresentar uma série de irregularidades que põem em risco a saúde dos clientes. O estabelecimento, que há sete anos funciona sem a autorização do órgão, vem sendo fiscalizado desde maio e já recebeu cinco autos de infração e cinco multas no período. Para garantir que os clientes não sejam penalizados, o Procon Petrópolis notificou o local para que mantenha a recepção aberta para orientar seus clientes a procurar clínicas afins compatíveis para que tenham continuado o tratamento odontológico. 

    Durante a fiscalização que resultou no fechamento do local, foram encontradas na sala de esterilização instrumentos odontológicos enferrujados, com secreção e molhados. Esses materiais seriam utilizados para o tratamento de pacientes. Também foi constatado o reaproveitamento de embalagens – que compromete a segurança e os critérios biológicos, além de um aparelho amalgamador, utilizado para fazer obturações de mercúrio e ventiladores dentro dos consultórios.

    “A Vigilância já havia notificado essa clínica outras vezes no passado, mas ela não se adequou. Há dois meses estamos notificando, pedindo documentação porque até hoje não nos informaram se os profissionais que trabalham aqui são realmente dentistas. Existe uma série de irregularidades e demos tempo de que a clínica se regularizasse, mas infelizmente eles não realizaram as mudanças necessários, comprometendo a saúde dos seus clientes”, explica a coordenadora da Vigilância Sanitária, Dayse Carvalho. 

    Em visita anterior, a Vigilância interditou o aparelho de raio-x, por conta da instalação inadequada e sem nenhuma proteção radiológica. O aparelho estava em uma sala com o teto vazado e os coletes de proteção eram dobrados, ou seja, comprometia totalmente a sua capacidade de segurança, uma vez que as placas de chumbo eram danificadas. Também foi solicitado o descarte de material com a validade vencida por empresa especializada, já que são resíduos químicos.

    De acordo com o represente do Conselho Regional de Odontologia (CRO-RJ), que participou da interdição do espaço, a biossegurança da clínica está comprometida tanto para os clientes, quanto para as pessoas que trabalham no local. “As condições são insustentáveis. É importante que esse local passe por adequações urgentes”, explica. 

    Para que o estabelecimento seja reaberto, é necessário que os responsáveis encaminhem toda a documentação necessária e proceda com as mudanças de equipamentos, que garanta a seguridade dos clientes. Até que isso aconteça, o Procon determinou que o espaço permaneça apenas com a recepção aberta para encaminhamento dos clientes.

    “A clínica deve indicar aos seus clientes um estabelecimento similar para dar continuidade ao que já havia sendo feito nesta. É inadmissível que os clientes sejam penalizados. Vamos manter a fiscalização diária para garantir que a determinação esteja sendo cumprida”, explica o coordenador do Procon, Bernardo Sabrá.




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