• Vigilantes demitidos pelo Sesc ainda não receberam direitos trabalhistas

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  • 06/07/2017 20:00

    Os vigilantes demitidos pelo Sesc Rio no início de junho ainda não receberam os valores referentes aos direitos trabalhistas. Ontem (05), seria a homologação dos trabalhadores na sede do sindicato da categoria, mas não houve acordo com a empresa Hercules Serviços de Vigilância (terceirizada contrada pelo Sesc), com sede do Rio de Janeiro, que demitiu os funcionários sem efetuar o pagamento de horas extras, décimo terceiro salário e multa de 40%. 

    "Eles se ofereceram apenas em pagar os sete dias trabalhados e 6/12 do décimo terceiro. A rescisão seria de apenas R$ 700. Eles não quiseram pagar as horas extras, o décimo terceiro e nem liberar o FGTS e o seguro desemprego. Não podíamos aceitar", disse o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Adriano Linhares.

    "Só conseguimos que dessem baixa nas nossas carteiras de trabalho, mas saímos sem receber nada. E a proposta que fizeram não era justa, não podíamos aceitar", lamentou um vigilante que trabalhava no Hotel Quitandinha há dois anos.


    Ao todo, 39 vigilantes foram demitidos das unidades do Sesc no Quitandinha e em Nogueira. Desde ontem, as duas sedes estão com menos da metade de vigilantes. "Cumprimos o aviso prévio e pensávamos que iríamos receber os nossos direitos trabalhistas. Agora vamos ter que entrar na justiça", disse o vigilante.

    Desde o início do ano, o Sesc já demitiu em todo o Estado do Rio de Janeiro pelo menos 900 pessoas, em Petrópolis são mais de 90 profissionais que atuavam em diversas áreas nas duas unidades. Uma das causas das demissões pode ser o desvio de R$ 46 milhões da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). 

    O desvio está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que constatou que o presidente da Fecomércio/RJ, Orlando Diniz, que acumula o cargo com a presidência dos conselhos regionais do Sesc e do Senac do Rio de Janeiro, fez com que essas entidades reconhecessem que deviam à entidade os mesmos valores que elas já haviam repassado à Confederação Nacional do Comércio (CNC). Segundo o TCU houve um prejuízo aos caixas do Sesc e Senac que beneficiou indevidamente a Fecomércio. 

    De acordo com o TCU, a dívida, de R$ 46 milhões, é da CNC para com a Fecomércio/RJ e ao utilizar os fundos das administrações regionais do Sesc e do Senac para pagar os débitos da Confederação junto à Federação, houve um prejuízo aos caixas do Sesc e do Senac ao pagar de forma duplicada a mesma obrigação, primeiro à CNC e depois à Fecomércio/RJ.

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