• Adeus, Padre Jac

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  • 05/07/2017 13:10

    Morte, tristeza e dor. Preparados ou não. Hoje a notícia do falecimento do Padre JAC nos consternou. Atualmente ele era Pároco da Igreja de Santo Agostinho e Santo Antônio de Nogueira. Nascido em Bemposta e, ainda bebê, mudou-se para Hermogênio Silva, Três Rios. Ali, o menino José Augusto Carneiro viveria parte de sua infância e, mais tarde escolheria como berço definitivo a Cidade de Petrópolis. No Carangola, residiu até sua juventude, estudando e dedicando grande parte de seu tempo às Obras Sociais, ao Movimento Semente, ao Jornalismo e à Comunidade. Quem não se lembra dos programas do cronista JAC veiculados pela Rádio Imperial, das colunas escritas em revistas e jornais de Petrópolis, os inúmeros concursos sempre voltados à benemerência, da Associação Petropolitana de Estudantes  (Ape)? E da festa “Personalidades Petropolitanas”? 

    Nos idos de 1970, quando aqui cheguei para cursar Direito na UCP, acompanhei a obra do  conterrâneo e amigo JAC. Em 1971, promoveu minha 1ª exposição individual de pinturas, desenhos e artesanato, quando funcionário da extinta Secretaria de Turismo. O Padre JAC era  sinônimo de estímulo, principalmente aos jovens. 

    Por ocasião dos meus 25 anos de Petrópolis, (12/95), dediquei-lhe uma obra de minha autoria, considerada pela crítica das mais originais: “Cristo de Palha”, (material colhido em Hermogênio Silva), expressão de meu reconhecimento por tudo quanto representou para mim. Esteve por cerca de três décadas exposta bem à entrada da Casa Paroquial, da Catedral de São Pedro de Alcântara, onde ele foi Pároco e atualmente a obra peregrinava por Nogueira. 

    Em 1976, JAC ingressou no Seminário Diocesano e, anos após, foi Ordenado Sacerdote, para nossa emoção e alegria. A Ordenação Diaconal foi presidida pelo Bispo Dom Cintra, a Ordenação Sacerdotal foi presidida por Dom Veloso e a nomeação como Administrador Paroquiano e Pároco da Catedral foi durante o episcopado de Dom Vaz. Foram mais de trinta anos de Ministério Sacerdotal. Claro e evidente que participei de sua Ordenação, da celebração da missa que teve lugar na Igreja do Rosário, dentre outras que as diversas Comunidades realizaram em sua homenagem. 

    Padre JAC realizou seu Ministério Sacerdotal. Padre JAC avivava em nossos corações e fazia acender a chama de Cristo, filho de Deus que se fez homem; quer pregando o Evangelho, quer realizando memoráveis feitos, fortalecendo em cada Cristão a certeza da vida eterna, mais que nunca Padre JAC impregnou as palavras de Marcos 16,15-16 “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” Assinalo também que Padre JAC era Membro Honorário da Academia Petropolitana de Letras, desde 1994, título outorgado quando da minha gestão junto à presidência daquela Instituição. Viveu para a glória do Altíssimo e alegria de seus paroquianos e amigos. Fez do Rádio, do Jornal, do palco a extensão do altar em louvor a Cristo e Maria Santíssima, sobretudo porque o primeiro mandamento sempre esteve presente em sua vida. Nos planos de Deus estava reservada ao jovem JAC a missão de servi-Lo, não somente como Jornalista ou radialista, mas como Sacerdote. Entrega total e plena. Viveu esta oração: “Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”. Mais eu diria a externar a admiração e fraternidade que nos uniu como parte integrada do rebanho conduzido por seu cajado. Foi um Anjo Tocheiro, iluminou caminhos, promoveu e dignificou a criatura humana.


     

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