O Ministério da Saúde planeja vacinar o público de 18 a 60 anos com uma dose de vacina contra a covid-19 e aplicar a segunda dose apenas nas pessoas acima de 60 anos e nos imunossuprimidos em 2022. A estratégia foi detalhada nesta sexta-feira, 8, por Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde.
Apesar do anúncio, Cruz enfatizou que o planejamento pode mudar, caso haja inclusão de novos públicos no cronograma de imunização. Ele citou, por exemplo, a possibilidade de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar a aplicação da vacina para pessoas abaixo de 12 anos, que precisariam receber duas doses.
“Diversas são as dúvidas e as respostas não estão claras ainda (sobre o público-alvo da vacinação). Traçamos cenários, mas é importante que esses cenários sejam alterados a novas realidades que, porventura, surjam”, explicou Cruz.
Ainda segundo ele, a vacinação será feita em 2022 apenas por faixa etária decrescente, sem públicos prioritários, como ocorreu este ano. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizou novamente que a pasta vai priorizar a compra apenas de imunizantes com registro definitivo da Anvisa, caso da Pfizer e da AstraZeneca – a medida deixaria de fora a Coronavac e a Janssen, imunizantes que possuem apenas autorização para uso emergencial.
De acordo com Cruz, o investimento do governo federal em vacinas para 2022 será de R$ 11 bilhões. Ele também reforçou a fala de Queiroga de que o ministério está em fase final de negociações para compra de 100 milhões de doses da Pfizer, com possibilidade de aquisição de mais 50 milhões.