• Ações do banco Inter fecham em alta de 12% com listagem nos Estados Unidos

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  • 07/10/2021 20:54
    Por Luísa Laval e Amélia Alves / Estadão

    As ações do banco Inter – controlado pela família Menin, que também é sócia da construtora MRV – tiveram uma forte recuperação nesta quinta-feira, 7, na esteira do anúncio da listagem de seus papéis nos Estados Unidos.

    As units do banco tiveram alta de 12,06%, enquanto os papéis preferenciais subiram 11,67%. Depois de semanas em que enfrentou perdas, o Inter liderou as valorizações do Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa brasileira. O Ibovespa teve alta discreta, de 0,29%, no dia.

    O salto ocorreu após a empresa anunciar que contratou o Bank of America, Bradesco BBI, JPMorgan e Itaú BBA como assessores financeiros para a migração de sua base acionária para a Inter Platform, nas Ilhas Cayman, que resultará na listagem de suas ações nos Estados Unidos e na negociação de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3.

    Este já era o passo esperado da reorganização societária anunciada em maio, quando o Inter recebeu compromisso de investimento da companhia de pagamentos Stone de até R$ 2,5 bilhões e comunicou a intenção de se listar na Nasdaq, pregão de tecnologia do mercado de Nova York.

    Com a implementação da reorganização societária, as ações classe A da Inter Platform passarão a ser listadas em bolsa de valores nos EUA, enquanto os BDRs lastreados em ações da Inter Platform serão negociados na Bolsa brasileira. Desta forma, o Inter deixará de ter suas ações e units negociadas na Bolsa brasileira. Units são um conjunto de ações combinadas.

    O Softbank, que tem uma participação relevante no banco por meio de seu fundo latino-americano, também se comprometeu a prestar serviços auxiliares para ajudar no processo de reorganização do banco.

    Atualmente, a participação da gigante japonesa de investimentos no negócio é de 12,71%, de acordo com o site de relações com investidores do banco. Isso é o suficiente para o Softbank ser o maior acionista depois dos controladores, que têm uma fatia de 31,44% no negócio.

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