O câncer de mama é o tipo mais incidente em mulheres e a principal causa de morte por câncer na população feminina do país. Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta para 66.280 novos casos da doença em 2021. O Inca também revela que as maiores taxas de incidência e de mortalidade por câncer de mama estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Neste mês ocorre a campanha Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama criado no início da década de 1990. Em 2021, a campanha também faz um alerta para a importância de manter hábitos de vida saudáveis como forma de prevenir o desenvolvimento do câncer.
Oncologista do Centro de Terapia Oncológica (CTO), Julio Vieira afirma que as chances de cura em casos de câncer de mama diagnosticados precocemente são de quase 100%. Para isso, é importante que as mulheres estejam atentas ao próprio corpo e, identificando alguma alteração, busque o especialista.
Também oncologista do CTO, Carla Ismael ressalta que mesmo casos mais avançados de câncer de mama têm chance de cura, mas ela afirma que quanto mais cedo for detectado mais fácil é o tratamento e essa cura.
“Hoje em dia a gente tem um arsenal enorme de tratamentos oncológicos, de cirurgia, de radioterapia. E ainda assim, no Brasil temos mais de 50% de casos de câncer de mama em estado avançado. Isso ocorre muitas vezes por dificuldade em fazer a mamografia ou por medo da paciente. Então a gente diz que não precisa ter medo, seja o que for, tem tratamento e tem cura”, destaca Carla Ismael.
Diagnóstico
O câncer de mama pode ser identificado por meio de exames como a mamografia, que consegue detectar lesões pré-malignas, ou seja, uma doença que ainda não teve a capacidade de invadir os tecidos.
A mamografia costuma ser pedida anualmente para mulheres com mais de 40 anos. Em pessoas com casos de câncer de mama na família, o especialista recomenda que o exame seja feito a partir dos 35 anos.
Fatores de risco
Sobre fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama estão a obesidade, tabagismo, etilismo, consumo elevado de carne vermelha e uso prolongado de reposição hormonal.
Com relação a maneiras de prevenir a doença, estão os hábitos de vida saudáveis que vão desde práticas regulares de exercícios físicos até a boa alimentação.